Política

Lula reage após cobrança dos EUA e Europa sobre a guerra na Ucrânia; confira

Ricardo Stuckert/PT
Presidente do Brasil, Lula (PT) colocou na conta de norte-americanos e europeus o prolongamento do conflito  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/PT

Publicado em 18/04/2023, às 19h58 - Atualizado às 20h04   Cadastrado por Yuri Abreu


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu após a cobrança feita pelos Estados Unidos e a Europa acerca das declarações do mandatário brasileiro acerca da guerra na Ucrânia, apontando que norte-americanos e europeus estariam sendo responsáveis pelo prolongamento do conflito entre os vizinhos do leste europeu.

Nesta terça-feira (18), o petista mudou o tom, ainda que não tenha citado nominalmente a Rússia ao condenar a violação territorial da Ucrânia. “Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito”, afirmou Lula.

A declaração, de acordo com o Estadão, ocorreu durante um almoço no Itamaraty com o presidente da Romênia, Klaus Iohannis, país vizinho à Ucrânia que sofre diretamente as consequências da guerra de agressão unilateral. A fronteira entre os países no Leste Europeu tem cerca de 600 quilômetros.

Diferente das declarações dadas em viagem a Ásia, na semana passada, o presidente leu um discurso previamente escrito e falando de maneira mais protocolar, percebendo a ampla reação negativa fora do Brasil. O texto foi elaborado pela assessoria do petista no Palácio do Planalto.

Lula se disse preocupado com as consequências globais do enfrentamento, como a escassez energética e de alimentos. Ele afirmou ser urgente criar um grupo de países que levem à mesa Rússia e Ucrânia para selar a paz, mas não deu tanta ênfase à proposta como antes. Foi o último tópico de seu discurso.

Nos últimos dias, as declarações de Lula em entrevistas foram duramente criticadas por democracias ocidentais. O Itamaraty avalia que foram ruídos retóricos, que podem ocorrer, mas foram pontos fora da curva na trajetória brasileira até agora ao tratar da guerra, mas não comprometem a proposta brasileira, nem provocarão isolamento.

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