Meio Ambiente

Salles bate boca com parlamentares e associa crescimento do desmatamento a orçamento reduzido; veja vídeo

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ele cobrou aos deputados a aprovação das emendas parlamentares e envio de recursos ao ministério  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 03/05/2021, às 20h40   Redação BNews


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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, bateu boca com deputados, nesta segunda-feira (3), durante reunião da comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. Ainda na audiência, ele disse que a redução feita no orçamento destinado à pasta é um dos principais motivos do crescimento do desmatamento e das queimadas no país, principalmente na Amazônia. 

Salles chamou o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) de “ambientalista de palanque” e o parlamentar gritou ao fundo: “deixa de ser moleque”.

Ele também cobrou aos deputados a aprovação das emendas parlamentares e envio de recursos ao ministério. "As emendas como um todo, destinadas ao Ministério da Saúde, foram 2.831, que somam R$ 9 bilhões. [...] Para o Meio Ambiente, foram 96 emendas [...]. Quanto somam essas emendas? R$ 62 milhões. Ou seja, ela é [...] 160 vezes menor do que foi destinado à Saúde", declarou. 

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), no entanto, confrontou Salles. "O orçamento do senhor é o pior dos últimos 21 anos. O senhor tem que parar de apontar o dedo para os outros e responder por aquilo que é sua responsabilidade. O senhor se deu ao direito de começar a sua exposição dizendo que a culpa de o senhor ter pouco dinheiro é nossa, dos deputados, que não fazem emendas para sua pasta. Quer dizer, o senhor está sempre transferindo as suas responsabilidades. Isso é um absurdo completo. [...] a maioria dos meus colegas não faz porque não acredita que o senhor não vai aplicar como deve", criticou.

Salles ainda citou dados da CNN Brasil para falar sobre a redução do orçamento da pasta nos últimos 11 anos. Mesmo após tês anos de corte no governo de Jair Bolsonaro, o ministro declarou que o maior corte do ministério aconteceu entre 2014 (R$ 9 bilhões) e 2015 (R$ 4,5 bilhões), quando o país era comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

"Ou seja, a grande redução orçamentária da área do Meio Ambiente se deu entre os anos de 2014 e 2015, que reduziu a menos da metade o Orçamento que era no ano anterior, de 2014, ou praticamente um terço do que fora em 2013 (R$ 14 bilhões)", disse.

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