Meio Ambiente

Secretários de Agricultura pedem “PAC do Semiárido” para Dilma Rousseff

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Iniciativa visa criar reservas de alimentos e água para animais e lavouras, promovendo convivência com a seca  |   Bnews - Divulgação Google

Publicado em 25/01/2013, às 12h05   Lucas Esteves


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O secretário baiano Eduardo Salles exerce atualmente a presidência da Confederação Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri) e uniu os titulares das pastas de todo o país e cunharam uma proposta para conseguir mais recursos em busca do enfrentamento da estiagem. O projeto foi batizado pelos líderes de “PAC do Semiárido” e já está na mesa da presidente Dilma Rousseff, que pode instituí-lo a qualquer momento. 
O PAC da Seca consiste em uma solicitação de uma para que sejam criadas duas frentes de trabalho. A primeira é a criação de uma reserva de água, ainda que salobra, que estaria disponível para que os animais dos rebanhos sobrevivessem e também garantisse a perenização de lagos e poços. A segunda é a reserva de palma, uma folha que pode ser transformada em ração e garantir a alimentação destes animais. 
Com a manutenção das condições mínimas de sobrevivência de rebanhos e de abastecimento para irrigar plantações, o secretário acredita que os agricultores familiares podem seguir com a vida mesmo quando houver secas mais rigorosas, como é o caso da que se arrasta pelo Nordeste há mais de um ano. Em toda a região, o PAC do Semiárido envolverá trabalhos com 1,5 milhão de famílias incluindo agricultores do norte de Minas Gerais. Um terço deste número está na Bahia. 
Eduardo Salles argumenta que a institucionalização da proposta é uma tentativa definitiva de estabelecer uma política nacional de convivência com a seca. Ele exemplifica o fato com o sistema que os países do Hemisfério Norte usam para lidar com a neve, que sempre assola os continentes durante o inverno, mas permite que rebanhos e lavouras sobrevivam às nevascas. O titular apela para a sensibilidade da presidente e diz que não é mais possível manter o sistema assistencialista ou torcer pela volta das chuvas. 
“Ninguém aguenta mais esta história de carro pipa e cesta básica. Não é porque caiu uma chuvazinha que nós temos de esquecer tudo, porque a seca vai voltar a acontecer, isto é uma certeza. Então o que nós temos de fazer é simplesmente aprender a viver com a seca, com alguma dignidade”, disserta. Por enquanto, não há nenhuma sinalização de que o projeto possa ir à frente, mas Salles acredita que, pelo pouco custo do projeto, ele possa ir adiante.

Nota postada às 18h do dia 24

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