Política

Ministro de Lula ironiza Uber: "Aplicativo se tem aos montes no mercado"

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O governo federal tem uma proposta para regulamentar o serviço oferecido pelo aplicativo no Brasil  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram @luizmarinhopt

Publicado em 06/02/2023, às 17h41   Cadastrado por Daniel Serrano


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O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, comentou sobre os desgastes com a Uber por conta da proposta pela regulamentação do serviço fornecido pelo aplicativo no Brasil. O titular da pasta ironizou a resistência da empresa e disse que se o app deseje sair do país por conta da proposta, o governo federal pode chamar os Correios para substitui-la.

“Posso chamar os Correios, que é uma empresa de logística, e dizer para criar um aplicativo e substituir. Aplicativo se tem aos montes no mercado", disse Marinho em entrevista ao jornal Valor Econômico, ao comentar sobre uma eventual mudança na legislação trabalhista para regulamentar as atividades dos trabalhadores de aplicativo, que não têm direitos garantidos pela CLT.

 “Na Espanha, no processo de regulação, a Uber e mais alguém disseram que iam sair [do país]. Esta rebeldia durou 72 horas. Era uma chantagem. Me falaram: 'e se a Uber sair?' Problema da Uber. Não estou preocupado”, acrescentou o ministro.  

Ainda segundo o Marinho, o objetivo não é "regular lá no mínimo detalhe", porque "ninguém gosta de correr muito risco, especialmente os capitalistas brasileiros". A ideia hoje é incluir esses trabalhadores no INSS. Porém, destacou que ainda não está decidido se também incluirá na CLT.

“Você pode ter relações que caibam na CLT ou que se enquadrem, por exemplo, no cooperativismo. Aliás, o cooperativismo pode se livrar do iFood, da Uber. Porque aí nasce alguma coisa que pode ser mais vantajosa, especialmente para os trabalhadores”, disse Marinho

No entanto, em nota enviada ao portal UOL, a Uber informou que, ao contrario do que disse o ministro, a empresa não ameaçou deixar a Espanha por conta da regulação proposta naquele país.  

"Durante a discussão regulatória naquele país, a Uber divulgou estimativas sobre o impacto das medidas e apontou a contrariedade dos próprios entregadores com a regulamentação, que levou à migração forçada de muitos profissionais para o modelo de operadores logísticos (sem cadastro direto nos aplicativos) e reduziu o número de pessoas trabalhando na atividade. A Uber continua suas operações na Espanha e tem apresentado ao governo os problemas identificados na implementação da regulação", declarou.

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