Ministro denuncia vereador que ofendeu baianos por acusações de pedofilia; entenda

O nome do vereador Sandro Fantinel, do Rio Grande do Sul, está longe de ser esquecido. Na tarde desta quinta-feira (02), mais uma polêmica veio à tona após publicação feita pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).

Sem citar nomes, Dino publicou na conta sua conta oficial no Twitter que denunciou à Polícia Federal (PF) um vereador do RS que teria acusado um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de pedofilia.

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“Um agente político (vereador do RS) afirma que um ministro do STF participou de ‘orgia com crianças’. Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões”, escreveu o ministro.

Um agente político (vereador do RS) afirma que um ministro do STF participou de “orgia com crianças”. Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões.

— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) March 2, 2023

Imediatamente internautas reagiram à publicação, até que o advogado, Claudio Libardi, de Caxias do Sul, publicou a denúncia feita em janeiro contra Sandro Fantinel.

No email datado como 09 de janeiro de 2023 e direcionado ao Ministério da Justiça, Libardi afirma: “O Senhor Sandro Fantinel, vereador em Caxias do Sul, tem, de forma recorrente, auxiliado nos atos antidemocráticos do país. Ainda, em sessão da Câmara de Vereadores, alega que os Ministros do Supremo Tribunal Federal promovem orgias com crianças fora do Brasil. Segue o vídeo de comprovação”

Sandro Fantinel foi expulso do Patriotas após fazer um discurso xenofóbico questionando a repercussão do caso dos trabalhadores baianos encontrados em condições análogas à escravidão. Segundo o partido, a fala do vereador foi "desrespeitosa e inaceitável" e "está maculado por grave desrespeito a princípios e direitos constitucionalmente assegurados, à dignidade humana, à igualdade, ao decoro, à ordem, ao trabalho".

O parlamentar havia utilizado a tribuna da Câmara de Vereadores na terça-feira (28) para pedir que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia. 

O caso ganhou repercussão nacional e gerou revolta nos mais variados políticos, principalmente os baianos, a exemplo do prefeito de Salvador, Bruno Reis, que classificou a fala do edil “retrata a xenofobia e o racismo em sua pura essência”; do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), que disse que apresentou Moção de Repúdio, à Mesa Diretora da ALBA, contra o Fantinel; além do governador Jerônimo Rodrigues, que acusou o vereador de defender trabalho escravo e de xenofobia e ter o comportamento “desumano, vergonhoso e inadmissível”.