Política

Ministros do STF e políticos exaltam aprovação de Zanin no Senado

Lula Marques / Agência Brasil
Aprovação de Zanin no Senado foi concretizada nesta quarta-feira (21)  |   Bnews - Divulgação Lula Marques / Agência Brasil

Publicado em 22/06/2023, às 06h18   Renato Machado, Constança Rezende e José Marques / Folhapress


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Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e o mundo político reagiram à aprovação pelo plenário do Senado da indicação do advogado Cristiano Zanin como novo ministro da Corte.

Seus futuros colegas de Supremo exaltaram as suas qualidades, deram boas-vindas e previram uma boa atuação do indicado do presidente Lula (PT).

Ministros do governo Lula também celebraram a aprovação. Mesmo opositores, em particular bolsonaristas, evitaram críticas ao resultado da votação e a consequente confirmação de Zanin.

O Senado aprovou nesta quarta-feira (21), por 58 votos a 18, a indicação de Zanin ao Supremo.

Primeiro indicado por Lula (PT) no atual mandato para o órgão, Zanin é amigo do presidente, para quem advogou nas ações da Operação Lava Jato, e precisava do voto de ao menos 41 senadores (de um total de 81 integrantes da Casa) para ser chancelado.

Ele ocupará a vaga de Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril, e poderá ficar no STF até novembro de 2050, quando completa 75 anos, idade-limite para ministros da corte.

O ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que a aprovação foi merecida e disse ter certeza de que o Brasil vai ganhar com a sua "atuação competente e corajosa em nossa Suprema Corte".

Na mesma linha, Dias Toffoli afirmou que Zanin honrará a Corte e também o Brasil. "É com satisfação que recebi a aprovação pelo Senado da República, por larga margem de votos, do nome do indicado pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal, Dr. Cristiano Zanin, que com certeza somará ao STF com todo seu brilho, inteligência, capacidade e sua lhaneza. Com certeza será um grande ministro do STF, honrando a Corte e honrando o Brasil", informou por meio de nota.

Luís Roberto Barroso também divulgou nota parabenizando o advogado e acrescentou que ele sempre "com elevada qualidade profissional e tenho dele a visão de advogado sério, competente e ético mesmo diante de adversidades. Dou-lhe as boas-vindas".

O ministro Edson Fachin disse que a indicação de Zanin era um "gesto de deferência" do presidente Lula com o STF, mas, diferente dos seus pares, não exaltou as qualidades do advogado. "A indicação do Dr. Cristiano Zanin é gesto de deferência do Presidente da República com este Tribunal, assim como é, por parte do Senado Federal, a sua rápida aprovação. O Supremo Tribunal Federal volta a ter sua composição completa com um novo integrante para continuar honrando a missão democrática almejada pela Constituição cidadã. Ao novo Ministro os nossos cumprimentos."

Primeiro indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Kassio Nunes Marques também divulgou uma breve nota desejando "muito sucesso no desempenho da magistratura no STF".

Outro indicado por Bolsonaro, André Mendonça afirmou que Zanin é um "jurista preparado" e que tem muito a contribuir com a justiça do Brasil.

Ministros do governo Lula também se manifestaram em suas redes sociais, comemorando o resultado da votação do Senado e exaltando o seu conhecimento jurídico e preparo para exercer o cargo. "O ministro Zanin levará ao STF a importante experiência da advocacia, conhecimento jurídico, coragem para enfrentar controvérsias e ponderação. Felicito o novo ministro, desejando sucesso e a proteção de Deus. Cumprimento o presidente Lula e o Senado Federal", escreveu o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

Rui Costa (PT), da Casa Civil, afirmou que Zanin tem uma "trajetória brilhante" e "competência comprovada".

Mesmo parlamentares bolsonaristas evitaram criticar a aprovação pelo Senado da indicação de Cristiano Zanin. Nos últimos dias, deputados e senadores da oposição já haviam passado a elogiar o advogado.

A deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) apenas postou em suas redes sociais "E viva a democracia". Na sequência, em uma imagem anexada à postagem apenas acrescenta que a indicação foi "mais aceita no Senado do que a indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro para a nomeação de André Mendonça".

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