Momento não é de uma reforma ministerial mais ampla, diz Jaques Wagner

O senador Jaques Wagner (PT-BA) confirmou nesta terça-feira (29) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará ao menos duas mudanças na Esplanada dos Ministérios. Segundo ele, porém, a reforma ministerial deve ser pontual.

“O presidente se comprometeu [com a reforma ministerial], acha que é importante para o governo trazer mais dois partidos políticos para a nossa base, e pretende fazer. Ele adiou, porque o momento não é para uma reforma ministerial mais ampla”, afirmou o líder do governo no Senado, em entrevista à CNN Brasil.

A promessa é que, para incluir oficialmente o PP e o Republicanos na base do governo, Lula encontre espaços na Esplanada dos Ministérios para os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE).

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A tendência é que o petista crie uma nova pasta, o Ministério das Pequenas e Médias Empresas, visando acomodar um dos novos aliados. O segundo posto, porém, terá que ser aberto na Esplanada, com a saída de um dos atuais ministros.

No Congresso Nacional, o Centrão tem pressionado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, hoje ocupado pelo senador licenciado Wellington Dias (PT-PI). O PT, porém, resiste em ceder o espaço, pois considera que a pasta, que cuida de programas como o Bolsa Família, é estratégica e precisa ser comandada pelo partido do presidente Lula.

Recentemente, o próprio Wagner saiu em defesa de Wellington Dias e descartou a possibilidade da pasta ser concedida ao Centrão. “Essa expectativa tende a zero”, disse o líder do governo no Senado.