Política

Mourão se posiciona sobre pastores no MEC

Agência Brasil
Vice-presidente minimizou as acusações contra pastores e disse que vai aguardar uma conclusão  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 23/03/2022, às 10h28 - Atualizado às 10h35   Redação BNews


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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou os recentes relatos de que pastores sem cargo público negociam transferências de recursos no MEC (Ministério da Educação) e defendeu que o caso precisa ser melhor esclarecido. "Minha visão a respeito do trabalho do Milton [Ribeiro] é que ele é uma pessoa honesta, tem honestidade de propósito, uma pessoa extremamente educada e cautelosa nas coisas. Então eu acho que tem que esclarecer melhor essa coisa aí para se chegar a uma conclusão do que realmente ocorreu; e se realmente houve algo que não seja realizado dentro dos princípios da administração pública, disse Mourão, ao chegar em seu gabinete no complexo do Palácio do Planalto.

Questionado sobre o tema na manhã desta quarta-feira (23), Mourão blindou Milton Ribeiro e disse que, no momento, não é possível emitir um juízo de opinião sobre as denúncias. "É uma gravação, você não sabe se aquilo está editado ou não. Por isso que a gente não pode a priori chegar e emitir um juízo de valor", declarou o vice.

Na última terça-feira (22), um áudio no qual o ministro Milton Ribeiro afirma que o Governo Federal, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), prioriza prefeituras com pedidos negociados pelos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC. "Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar", diz o ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.
Os pastores têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia.

Ainda de acordo com Mourão, não há problemas na permanência de Ribeiro no governo, apesar das revelações sobre a atuação dos pastores. "Enquanto não houver um esclarecimento bem bom a respeito disso daí, eu acho que não há problema ele continuar no governo. Até pela forma como o ministro se comporta. Eu tenho profundo respeito por ele", disse o vice-presidente, classificando o teor do áudio como "indícios".

"Tem que ver qual o valor que foi executado, se realmente houve tráfico de influência. Se esses recursos que foram distribuídos estavam fora de um planejamento que já havia. Se foram executados de forma correta, então tem uma porção de coisas que tem que ser verificada para que a gente possa chegar e dizer: 'olha, isso aí realmente está totalmente errado. Isso aí tudo por enquanto são indícios. Quando se confirmar, aí a gente pode tomar uma posição mais clara", disse o vice-presidente.

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