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Bolsonaro diz que aguarda chanceler voltar de férias para decidir se convocará embaixador do Irã

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A chancelaria do Irã pediu explicações ao Brasil quanto a posicionamento do País sobre os fatos que culminaram na morte de general iraniano  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 07/01/2020, às 12h11   Redação BNews


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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (7) que aguarda o retorno do chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, das férias para decidir se pode convocar ou não os representantes diplomáticos do Irã no Brasil.

No último domingo (5), a chancelaria do país persa pediu explicações à diplomacia brasileira sobre o posicionamento do Brasil sobre os acontecimentos que culminaram na morte do general iraniano Qassem Soleimani.

Como o embaixador do Brasil no país, Rodrigo Azeredo, está de férias, a encarregada de negócios da embaixada, Maria Cristina Lopes, representou o governo brasileiro durante a reunião. De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o presidente disse que observará o período posterior a convocação para decidir se tomará uma medida semelhante.

"Nós repudiamos terrorismo em qualquer lugar do mundo e ponto final. É um direito deles, como é o meu também", avaliou. A declaração de Bolsonaro reforça em algum nível o teor da nota divulgada pelo Itamaraty divulgou na última sexta-feira (3) - e que motivou a convocação de Cristina Lopes.

O comunicado dizia que ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos EUA, o governo brasileiro manifesta seu apoio "à luta contra o flagelo do terrorismo", e defendia que este combate demandava a cooperação de toda a comunidade internacional.

Na nota, o governo afirma que "o Brasil está igualmente pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento". O texto também destaca que o terrorismo não pode ser considerado um problema restrito ao Oriente Médio e aos países desenvolvidos, e que o Brasil não pode permanecer “indiferente” a este tipo de ameaça.

Também de acordo com o jornal, Bolsonaro avaliou que a nota do Itamaraty não produziu qualquer impacto negativo no comércio entre Brasil e Irã. "O Irã adotou alguma medida contra nós? Acho que não", ironizou. Contudo, o presidente destacou que quer evitar se aprofundar sobre o assunto enquanto Araújo estiver de férias.

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