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Publicado em 26/11/2020, às 16h20 Redação BNews
O Itamaraty reagiu à resposta da embaixada da China às críticas a Eduardo Bolsonaro, publicada em um perfil oficial do órgão nas redes sociais, que traria um conteúdo "ofensivo e desrespeitoso".
"Não é apropriado aos agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil tratarem dos assuntos da relação Brasil-China através das redes sociais. Os canais diplomáticos estão abertos e devem ser utilizados", disse o ministério das Relações Exteriores, em carta enviada aos representantes do governo chinês no Brasil na quarta-feira (25).
No texto, divulgado pela CNN Brasil, o Itamaraty condena a manifestação de assuntos de interesse diplomático por meio das redes sociais, e que o posicionamento prejudica a imagem do país perante os brasileiros.
"O tratamento de temas de interesse comum por parte de agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil através das redes sociais não é construtivo, cria fricções completamente desnecessárias e apenas serve aos interesses daqueles que porventura não desejem promover as boas relações entre o Brasil e a China. O tom e conteúdo ofensivo e desrespeitoso da referida 'Declaração' prejudica a imagem da China junto á opinião pública brasileira", completa a carta.
A publicação da embaixada chinesa critica a fala de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, que no início da semana comentou o apoio do Brasil ao programa Clean Network.
Segundo o deputado federal, esta era uma resposta às entidades "classificadas como agressivas e inimigos da liberdade", citando como exemplo o "Partido Comunista da China". Os posts foram deletados em seguida.
Em resposta, a embaixada chinesa disse que Eduardo Bolsonaro acusou o país de promover espionagem cibernética e destacou que o próprio deputado endossa uma iniciativa que discrimina a tecnologia 5G da China. As informações são da Folha de S. Paulo.
O discurso de Eduardo Bolsonaror reverberou na Câmara. Três parlamentares pediram que o presidente Rodrigo Maia (DEM) coloque em pauta o afastamento do deputado da presidência da Comissão de Relações Exteriores da Casa, justamente pela declaração contra a China.
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