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Na Sombra do Poder: Bruno, o rebelde com causa

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Os bastidores da política na Bahia  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews / Reprodução

Publicado em 10/05/2018, às 05h45   Editoria de Política


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Aliado pessoal e político do prefeito ACM Neto (DEM), o vice-prefeito Bruno Reis (DEM) absorveu o “golpe” ao assistir, passivamente, a desistência do líder em disputar o governo estadual. Não será prefeito. Pessoas próximas a Reis começaram a soprar no ouvido dele que é melhor iniciar uma mudança de comportamento, pois no futuro próximo - 2020 para ser preciso - a possibilidade de não disputar a eleição como candidato de Neto também existe. Seria um segundo “golpe”. Pedem para que Reis se movimente e não deixe acontecer.

Ringue

Não é absurda a possibilidade do fiel escudeiro e hábil articulador político do prefeito ser preterido. O que circula é que Neto está empenhado sobremaneira na eleição do João Roma para deputado federal. Contam que se Roma sair de Salvador com 50 mil votos, como estimam, ele se credencia a disputar a sucessão do suserano demista. O jogo político está longe de servir aos amadores.

Armando

Por falar em amadores, João Santana, pré-candidato ao governo baiano pelo MDB, tratou logo de deixar claro que Reis demonstrou certa ingenuidade ao tentar “tomar” o partido dos tradicionais quadros. As sugestões apresentadas por ele e interlocutores para alinhar as fileiras eleitoralmente foram tidas como motivo de “risada” e ira internamente. Bom assistir à entrevista dada ao Fato & Opinião do BNews que vai ao ar nesta quinta (10). Está elucidativa.

Levante

Há quem diga que as recentes declarações do presidente (ainda) estadual do PHS, Júnior Muniz, tem o respaldo do vice-prefeito e de seu irmão. Vamos acompanhar os próximos capítulos desta série.

Bolo da discórdia

No aniversário do secretário de Ordem Pública, Marcus Passos, a ordem da distribuição das fatias de bolo provocou um certo desconforto. Isso porque Marcus ofereceu a primeira fatia ao prefeito. Deixou “seu criador” Paulo Câmara visivelmente decepcionado e irritado com o gesto. Fontes do site garantem que os dois já estariam se estranhando após o episódio e Paulo Câmara confidenciou a amigos mais “próximos” que o seu pupilo de outrora já havia debandado para o time dos ‘Menudos’ de Neto.

Modismo

O secretário inclusive já aderiu ao uniforme com as famosas camisas Polo da Ricardo Almeida e mocassim Ferragamo sem meia ...até tu Brutus??????

Boys Band

Por falar em ‘Menudos’, o novo secretário da Saúde, Luiz Galvão, saiu da divisão de base e foi alçado pelo “líder da boys band” – João Roma - produzida por Neto para conjunto principal. Dizem que treinou bem, fez o dever de casa e agradou o produtor. É um case de sucesso no que se refere a meritocracia pura.

Lei Trabalhista

Ninguém sabe se é campanha ou se é política da boa convivência. Mas a foto publicada pelo deputado federal e pré-candidato ao governo João Gualberto com a equipe do seu supermercado circulou como um gesto um tanto quanto inoportuno. Posar de bom patrão em tempos de pré-campanha é um ato que representa o que?

Best friends 1

Se antes as trocas de farpas eram comuns entre o atual secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, e o deputado federal Jorge Solla (PT) - ex-titular da mesma pasta -, agora é só amor entre os dois. Os médicos parecem amigos de infância e agora fazem questão de mostrar sorrisos, abraços e fotos. No último sábado, Villas-Boas estava em um evento com o governador, mas confidenciou para os mais próximos a preocupação em chegar a tempo em evento organizado pelo novo “best friend”, que acontecia no mesmo horário, na Faculdade de Arquitetura da Ufba. Segundo fontes relataram, chegou esbaforido, mas marcou presença. Quem te viu, quem te vê!

Best friend 2

Mas também vale o registro: relatos chegam que o fato de Fábio ir ao evento de Sola, não significa que ele é o candidato do titular da Sesab. Aos mais próximos, há o entendimento de Vilas-Boas, se convidado, marcará presença nas plenárias de deputados. Outro fato cujo selo de paz de Fábio e Sola provoca é o alívio de servidores da Sesab, antes no fogo cruzado da briga dos dois, principalmente aqueles possuidores de relações profissionais próximas a Fábio e que vão votar em Sola. 

Aposta perdida

Há quem apostasse que o vereador Fábio Souza (PHS), por ser da patota do deputado Alan Castro (PSD), hoje na base governista de Rui Costa (PT), fosse aderir a oposição ao prefeito ACM Neto (DEM) na Câmara de Salvador. Perdeu a aposta! O humanista, novo detentor da cadeira com a licença de Isnard Araújo (PHS), será mais um netista na base. Sobrevivência política é o resultado da postura. E nada impede de Castro ter um aliado com o pé do outro lado da cerca…

Roubando a cena

Extrovertido como sempre, o secretário de Trabalho, Esportes e Lazer, Geraldo Júnior (SD), roubou a cena durante a coletiva do prefeito ACM Neto (DEM) no ato de posse dos novos secretários municipais na última segunda-feira (7). O motivo? Foi aniversário do pré-candidato a presidente da Câmara de Vereadores. Foi um falatório danado antes do evento, apertos de mãos e abraços até a expectativa do edil licenciado de receber os parabéns públicos do chefe do Palácio Thomé de Souza. 

Cutucando

O prefeito ACM Neto (DEM), neste mesmo ato, não perdeu a oportunidade de cutucar o seu antecessor, pré-candidato a governador da Bahia, João Henrique Carneiro (PRTB). Ao falar sobre a pasta da Saúde, cuja posse foi dada a Luiz Galvão no evento, lembrou que na gestão antecessora foram 10 secretários na pasta. “Havia negociação política, toma lá dá cá, algo que eu nunca vou recorrer”, disse o chefe do Executivo, que nem o nome do político citou.  

Time fora do campo?

O agraciamento de Isnard Aráujo (PHS) na cadeira que foi de Tia Eron (PRB) na secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) também gira em torno da presidência da Câmara. Há quem diga que o humanista na pasta tira o time dele de campo numa eventual candidatura na corrida eleitoral indireta. Será?

Perguntas

A Fiol e o Porto Sul não eram projetos estratégicos de fundamental relevância para o desenvolvimento econômico da Bahia? Se eram, sumiram da agenda!

Para se resolver o problema da água em Itabuna vale tudo? Se não vale, é preciso ter mais cuidado com as portarias do Inema que liberam à revelia o desmatamento na região da barragem. Estamos atentos!

Aniversariantes

Diante da falta de recursos e da impossibilidade de realização de showmício a classe política aguarda o próximo aniversário para se reunir. 

Cantador

O senador Otto Alencar subiu ao palco e mandou bem. Confira aí o vídeo da festa de 60 anos do presidente da Assembleia Angelo Coronel. Já circulou bastante nas redes sociais, mas se ainda não viu, fica aí o registro!

Lídice vai

Ao menos na festa de Coronel, a senadora que disputa a vaga na chapa majoritária com o presidente da Assembleia foi. Antes de qualquer coisa, ela foi convidada e não chegou de penetra. Quem gostou do que viu foi Rui Costa. O governador já avisou que a disputa é legítima e deve acontecer num bom nível.

Irmão cantador

Por falar em cantador, algo que vem correndo nos corredores é a indisposição de Irmão Lázaro (PSC) ficar em Brasília. Deputado federal bem votado na última eleição, o cantor gospel é cotado para disputar o Senado na chapa da oposição ou em uma das chapas da oposição. O problema é que ele perde uma pequena “fortuna” semanalmente quando fica na capital federal. O cara faz shows para milhares de fãs que também não querem deixar de ver e ouvi-lo. 

Destempero na terra do feijão

Tem assessor de prefeito que mede repórter pela régua pela qual conduz a própria carreira profissional. Busca vincular o pedido de informação ou a solicitação de resposta a uma denúncia ao recebimento de benesses. Bom, para ficar claro, aqui não cidadão. Aqui não.  Uma aulinha gratuita para você. Quer desabafar, procure alguém que lhe dê espaço para isso. Quer acusar alguém, procure um tribunal. Não tendo o que dizer a respeito da denúncia, pode passar recado a quem lhe contratou. E se quem lhe contratou não sabe o que você anda fazendo, é melhor que fique atento. Pois a assessoria deve melhorar relações e não destruir pontes. O que sobra disso é “armazém de secos e molhados”, como diria Millôr Fernandes.

Classificação Indicativa: Livre

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