Política

Novos trechos de vídeo revelam envolvimento de Jair Bolsonaro contra eleições, STF e tentativa de golpe

Tânia Rego / Agência Brasil
Vídeo da reunião de Jair Bolsonaro com ministros foi encontrado em computador de Mauro Cid  |   Bnews - Divulgação Tânia Rego / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 09/02/2024, às 10h50


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Em novos trechos revelados do vídeo localizado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é visto com uma postura crítica contra alguns órgãos públicos. No material encontrado no computador do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o ex-chefe do executivo federal aparece fazendo ataques à lisura das eleições, ao STF e também planejando um golpe de Estado.

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O computador só foi localizado após Mauro Cid fazer um acordo de delação premiada com a PF, homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Inclusive, foi com base nesse matérial que os agentes da polícial deflagraram a Operação Tempus Veritatis contra o próprio Bolsonaro, ex-ministros e militares do governo de extrema-direita. Essa ação da PF foi realizada na última quinta-feira (8).

O que tem nos novos trechos do vídeo?

No vídeo, ao falar sobre eleições, o ex-presidente pede para que os ministros não 'deixem acontecer o que está pintado'. Já sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro diz que a Corte teria cometido um "erro" ao permitir que as Forças Armadas participarem da Comissão de Transparência Eleitoral, criada para aprimorar o processo de eleições já que ele seria o chefe supremo deles.

Em outro trecho Bolsonaro diz que os ministros precisam tomar medidas 'mais contudentes', já que a liberdade estaria correndo risco e era preciso reagir. Na reunião, o ex-presidente também criticou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e questionou se alguns dos ministros seriam 'isentos'.

A parte mais crítica o ex-presidente aparece propondo que todos os presentes produzam e publiquem uma nota conjunta para dar credibilidade à tentativa de um golpe de estado. Na ocasião, ele ainda pediu que fosse articulado para que a PF, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se envolvessem. A participação desses órgãos seriam para afirmar que seria 'impossível' ter as condições necessárias para garantir a lisura das eleições de 2022, que foi ganha por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Assista à Transmissão do Carnaval de Salvador dessa sexta-feira (9):

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