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O que está por trás da CPI das Americanas? Entenda

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Para a CPI poder funcionar, é preciso o apoio de 171 dos 513 deputados no exercício do mandato  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 11/03/2023, às 18h45   Cadastrado por Daniela Pereira


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Pegou de surpresa a articulação do líder do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados, André Fufuca, para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre uma suposta fraude contábil de R$ 20 bilhões nas Lojas Americanas. Além de Fufuca, o empenho de Arthur Lira para o recoljimento das assinaturas necessárias também foi um caso a parte.

O pedido foi protocolado com apoio de 216 deputados, mas a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara ainda não fez a checagem. Para a CPI poder funcionar, é preciso o apoio de 171 dos 513 deputados no exercício do mandato.

A mesa diretora da casa ainda verificará o número. É possível que a quantidade diminua se as assinaturas de deputados já sem mandato, encerrado no início do ano, sejam ignoradas.

Como Fufuca tentou a coleta de assinaturas ainda em janeiro, há deputados na lista que não estão mais no mandato, como Osmar Serraglio (PP-PR), que não foi reeleito, e Hiran Gonçalves (PP-RR), que se tornou senador. O requisito diz que a Americanas é suspeita de fraude de R$ 20 bilhões e isso afetou a imagem de todo o mercado de capitais.

De acordo com o Bastidor, há planos de convocar os principais acionistas Jorge Paulo Lehmann, Beto Sicupira e Marcel Telles, avançar sobre empréstimos que a empresa fez em bancos públicos e até analisar as contas de outras empresas do grupo 3G, como a Ambev.

Governistas e oposicionistas assinaram o documento para abertura da CPI, uma vez que empresários da Americanas promoveram eventos contra Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o Valor, entre os assinantes da CPI está o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). O governo decidiu apoiar a instalação de CPIs sobre temas que não o atingem para congestionar a fila de pedidos e evitar a criação de comissões que podem ser usadas para prejudicar a imagem do Executivo, como a invasão de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Ainda de acordo com informações do O Bastidor, há interesses de banqueiros e outros empresários que atuam contra a Americanas e até de políticos envolvidos no mundo empresarial.

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