Política

Oposição aciona MPF para pedir prisão de ex-ministro do GSI

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Parlamentares pedem prisão preventiva de Gonçalves Dias por crimes em depoimento na CPMI dos Atos Golpistas  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 01/09/2023, às 09h43


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Deputados da bancada de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acionaram o Ministério Público Federal (MPF) para pedir a prisão preventiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias. 

O pedido foi feito ao procurador-geral Augusto Aras enquanto o ex-GSI concedia depoimento na CPMI dos Atos Golpistas, ocorrido na última quinta-feira (31). O documento sugere que G. Dias teria cometido crimes de omissão criminosa, prevaricação e obstrução da justiça durante o ataque aos prédios dos Três Poderes.

De acordo com o jornal Estado de São Paulo, o documento é assinado por 23 oposicionistas. Eles alegam que o ex-ministro do GSI foi omisso no comando da segurança do Palácio do Planalto durante os atos golpistas por  “interesse pessoal”, que não foram explicitados pelos recorrentes no pedido. 

Ainda segundo o texto, G. Dias teria cometido crimes de prevaricação ao ter uma conduta que não seguia “os ditames constitucionais e infraconstitucionais” exigidos do titular do GSI no momento em que o Planalto estava sendo invadido. O ex-ministro também é acusado de tentar obstruir as investigações realizadas pela Justiça, ao ter se recusado a compartilhar, em fevereiro deste ano, a íntegra das imagens feitas pelas câmeras internas do Planalto durante os ataques golpistas. No dia 19 de abril, foram divulgadas imagens onde ele aparece nos corredores do prédio sem confrontar os invasores. O vazamento levou à sua demissão do GSI naquele mesmo dia.

Além da prisão preventiva, a oposição pediu ainda que de G. Dias seja alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência e a quebra de seu sigilo telefônico e telemático. O pedido não significa que as ações serão feitas, já que é necessário inicialmente um pedido formal da PGR ao STF.

Ao Estadão, a defesa do ex-ministro do GSI classificou o pedido como uma forma da oposição “se promover, já que não há provas” que G. Dias tenha cometido crimes durante os ataques aos prédios públicos.

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