Política

BYD: Otto Filho contradiz o pai e tenta jogar culpa por 'erro' em votação para relator da reforma tributária

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Parlamentar votou por retirada de incentivos fiscais no Nordeste em destaque da reforma tributária  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews
Henrique Brinco e Eduardo Dias

por Henrique Brinco e Eduardo Dias

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Publicado em 07/07/2023, às 18h36 - Atualizado às 19h35


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O deputado federal Otto Alencar Filho (PSD) entrou em contradição com a fala do pai, o senador Otto Alencar (PSD), ao tentar explicar o erro cometido na votação em um dos destaques da reforma tributária que trata sobre a questão de incentivos fiscais na região Nordeste, que pode afetar diretamente a instalação da fábrica da BYD na Bahia.

Otto afirmou ao BNews que seu filho se equivocou e votou errado na pauta, através de voto remoto, e que o Senado vai restabelecer o texto através de emenda.

O deputado, no entanto, emitiu nota de esclarecimento sobre a situação e disse que, desde o início da discussão da matéria, manteve-se contrário ao limite até 2032 [de incentivos fiscais], "não concordando com prazos para benefícios fiscais". 

"Trata-se de um grave erro do relator e a esperança é que o Senado o corrija, refazendo o destaque e liberando assim, os benefícios fiscais sem prazo determinado, e assim permitindo, aos futuros governadores, terem esse legítimo direito", explicou o parlamentar.

Otto Filho tentou jogar a culpa do destaque no relator da reforma, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), alegando que ele não acatou a proposta de tirar o limite de prazo para benefícios fiscais.

"Infelizmente, o relator não acatou a proposta de tirar o limite de prazo para benefícios fiscais", disse, esclarecendo que "não abre mão de suas convicções e que tem esperança que o Senado encontre uma solução justa e que beneficie todos os estados no longo prazo".

Confira a nota do deputado na íntegra: 

Em relação ao posicionamento do deputado federal Otto Alencar Filho a um dos destaques que trata sobre a questão de incentivos fiscais no Nordeste, o parlamentar afirma que, desde o início da discussão, manteve-se contrário ao limite até 2032, não concordando com prazos para benefícios fiscais. 

Trata-se de um grave erro do relator e a esperança é que o Senado o corrija, refazendo o destaque e liberando assim, os benefícios fiscais sem prazo determinado, e assim  permitindo, aos futuros governadores, terem esse legítimo direito.

Infelizmente, o relator não acatou a proposta de tirar o limite de prazo para benefícios fiscais.

Esclarece, por fim, que não abre mão de suas convicções e que tem esperança que o Senado encontre uma solução justa e que beneficie todos os estados no longo prazo.

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