Política

Após mortes de índios baianos, ministra dos Povos Indígenas cria grupo para monitorar conflitos na Bahia

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A decisão tomada nesta quarta-feira (18) foi motivada pelo o assassinato de dois jovens indígenas no extremo sul da Bahia  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 18/01/2023, às 22h02   Camila Vieira


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A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol), determinou a criação de um gabinete de crise para acompanhar os conflitos indígenas de terras na Bahia. A decisão tomada nesta quarta-feira (18) foi motivada pelo o assassinato de dois jovens indígenas no extremo sul da Bahia, na noite da última terça-feira (17). Os jovens Nawir Brito de Jesus, de 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, foram assassinados a tiros na BR-101, na cidade de Itabela, segundo informações da Polícia Civil, que investiga o caso.

A portaria assinada determina a coordenação da própria ministra e contará com representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Ministério da Justiça e Segurança Pública, governo da Bahia, Defensoria Pública da União (DPU), Ministério Público Federal (MPF), Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). O gabinete de crise terá duração de 60 dias.

“É inadmissível que os povos indígenas continuem sendo perseguidos e ameaçados dentro de seus próprios territórios. Este crime não pode ficar impune e por isso, trabalharemos junto ao Ministério da Justiça e aos demais órgãos e entidades para garantir a rigorosa investigação e punição dos criminosos, além é claro, da proteção do povo Pataxó”, declarou a ministra Sonia Guajajara.

De acordo com informações da polícia, as vítimas saíram do Povoado de Montinho em direção a uma fazenda ocupada por um grupo de indígenas no processo de retomada realizado pelos povos Pataxós no extremo sul da Bahia. Um grupo de indígenas realizou uma manifestação na BR-101 nessa terça em protesto às mortes dos jovens.

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