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Piso dos agentes de saúde: Bruno Reis faz grave acusação contra oposição em negociação; veja

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Bruno Reis detalha processo de negociação com agentes comunitários de saúde da capital e culpa oposição por imbróglio  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 10/11/2022, às 11h05   Vinícius Dias e Thiago Conceição


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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), deu detalhes sobre o imbróglio que envolve as negociações sobre o piso dos agentes comunitários de saúde da capital. A declaração foi dada em coletiva nesta quinta-feira (10), com provocação e acusação séria contra a base de oposição na Câmara Municipal de Salvador (CMS).

O gestor municipal disse que a Prefeitura investe R$ 77 milhões ao ano para o pagamento dos profissionais, com R$ 55 milhões que partem do Governo Federal. De acordo com Bruno Reis, com a aprovação da PEC, o Governo Federal está destinando um valor de R$ 33 milhões para o cumprimento dos pagamentos.

“Ou seja, o Governo Federal passa a colocar R$ 88 milhões, a Prefeitura, inicialmente, pretendia colocar mais R$ 23 milhões, para chegar a R$ 100 milhões.  Como o recurso está vindo menor em 637 agentes, me dispus colocar mais R$ 44 milhões. Por último, sinalizaram que se a Prefeitura colocasse mais R$ 65 milhões, a gente poderia fechar um acordo. Todos os prefeitos na história da cidade investiram no máximo R$ 77 milhões. Esse prefeito está se dispondo a chegar a mais R$ 65 milhões. Para fechar um acordo, são R$ 142 milhões de reais ao ano, é muito dinheiro”, disse Bruno Reis.

No entanto, o gestor municipal afirmou que a proposta colocada pela Prefeitura nem chegou a ser enviada para a Câmara Municipal de Salvador. “E efetivamente não levaram nem a proposta, depois que sugeriram para ser apreciada pelos demais agentes”, acrescentou Bruno Reis.

Para Bruno Reis, após o resultado das urnas que deram a vitória aos oposicionistas no Executivo federal, com a eleição de Lula (PT), cabe aos oposicionistas o esforço para a busca de R$ 21 milhões que estariam chegando menor que o negociável.

“Vão usar os deputados deles, os representantes deles para conseguir que possa ser enviada a diferença, e isso facilite a gente de alcançar um acordo. A Prefeitura paga a todas as áreas acima do piso. Não temos nenhum problema em implantar o piso, o problema é implantar o piso e pagar 122% de gratificação. O princípio do piso é garantir que todos ganhem dois salários, que é R$ 2.424 reais, e, na prática, o que querem com as gratificações é chegar a R$ 6.600 reais. Isso teria um impacto de mais de R$ 311 milhões de reais. E a prefeitura não dispõe de recursos para isso. O diálogo está aberto, mas não há a mínima possibilidade de avançar um real se quer além disso”, concluiu Bruno Reis.

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