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PodZé: Geddel diz que ACM Neto está dolorido com derrota e debandada de aliados: “O rei está nu”

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“O sujeito acha que está com a taça na mão e toma uma pancada dessas”, diz Geddel sobre ACM Neto  |   Bnews - Divulgação Bnews
Lula Bonfim

por Lula Bonfim

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Publicado em 10/07/2023, às 19h15 - Atualizado às 19h25


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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) detonou, em participação ao PodZé, aquele que foi seu principal aliado na Bahia por 10 anos. Depois de afirmar que ACM Neto (União Brasil) não cumpre os acordos que realiza, ele avaliou que a derrota nas eleições de 2022 foi dolorida para o ex-prefeito de Salvador, principalmente devido à debandada de quadros políticos que estiveram com ele quando liderava as pesquisas.


“É natural. O sujeito acha que está com a taça na mão e toma uma pancada dessas. E o que é mais dolorido para ele e pra quem perde uma eleição é quando você descobre que você era líder porque você estava com a caneta na mão. E aí começa a vazar um, vazar outro e cada um procura um guarda-chuva. E ele olha e começa a ver prefeito debandando. Aí começa a ver o União Brasil, que perdeu a eleição aqui, doido para se juntar com Lula lá, querendo ministério; uns que eram braço-direito dele querendo ir para uma ponta e tal”, avaliou Geddel.


“Isso mostra que não tem firmeza ideológica nenhuma, compromisso nenhum com o projeto e ele se sente só. A uma altura dessa, você olha para ele e diz: o rei está nu”, complementou o ex-ministro.


Geddel também chamou para si a responsabilidade pela construção do BRT, sistema de transporte que tem sido o carro-chefe da mobilidade nas gestões de ACM Neto e de Bruno Reis (União Brasil) à frente da prefeitura de Salvador.


“Essa grande obra que está aí foi viabilizada por mim. Esse BRT. Eu criei, inclusive, um atrito com o MDB do Pará, com Jader Barbalho, porque havia recursos garantidos para Belém do Pará e eu fui a Meirelles, que era ministro da Fazenda — e eu era ministro-chefe da Secretaria de Governo —, e disse que não, que isso tinha que ir para a Bahia, fiz uma confusão e veio para cá”, revelou Geddel.


De acordo com o ex-ministro, ACM Neto, enquanto foi prefeito de Salvador, contou com sua ajuda para tudo que a prefeitura precisava.


“Tudo aquilo em que ele me procurou, eu estive ao lado. Independentemente de ser ele, era Salvador. É outra coisa que ninguém pode me acusar: de, no período de exercício de mandato, não ter olhado para a Bahia. Eu fui acusado como criminoso porque, como ministro da Integração Nacional, entupi a Bahia de recursos. Apontavam o dedo para mim para dizer que eu estava privilegiando a Bahia”, se defendeu.


Questionado se as críticas que fez a ACM Neto não eram de ordem pessoal, Geddel rechaçou a possibilidade e lembrou de um encontro recente que teve com o ex-aliado, durante uma missa em homenagem ao ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães, tio do ex-prefeito.


“Eu estive com ACM Neto na missa de Luís Eduardo Magalhães. Tive encontro com ele, o mais civilizado e cordial possível. Se você me perguntar, desses Magalhães, o que eu queria bem e gostava era Luís Eduardo. Cumpridor de compromissos, acertava e cumpria, em pé garantia o que disse sentado. E fui lá homenagear a memória de um queridíssimo amigo, por quem eu tinha respeito, admiração, ligação fraterna e amizade. Encontrei ele lá e tive o melhor encontro possível, do ponto de vista pessoal, com ACM Neto”, concluiu.

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