Política

“São doações legais e sem contrapartida”, justifica Jutahy sobre pedidos a OAS

Publicado em 21/01/2016, às 17h30   Juliana Nobre (@julianafrnobre)



Após ser citado em mensagens obtidas pela Polícia Federal pedindo doação ao ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, o deputado federal Jutahy Jr. (PSDB) confirma que fez pedidos ao presidente da empreiteira, Cesar Mata Pires, interceptadas por Leo Pinheiro, preso pela Operação Lava Jato. Em conversa com o Bocão News, na tarde desta quinta-feira (21), o tucano afirma que ele mesmo fez os contatos com Pinheiro e acertou os valores.

“O contato foi para minhas campanhas em 2010 e 2014. Liguei para Cesar Mata Pires que pediu para que entrasse em contato com Leo Pinheiro”, disse o tucano. Jutahy ainda explicou como se dava o contato com o empreiteiro. “Sou eu mesmo quem faz os contatos com os possíveis doadores da minha campanha, tanto pessoa física quanto jurídica. Procurava saber quem poderia contribuir, quanto e quando. A única coisa que eu pedia era para não falharem com o combinado, já que eu tinha débitos da campanha a serem pagos”.

O parlamentar asseverou que as doações não tinham contrapartida. “As pessoas que doam me conhecem e sabem o que penso, o que represento. Obviamente quem doa tem interesse, mas eu sempre deixei clara a minha posição. No caso específico [OAS] nunca teve nenhum pleito que não fosse legítimo”, reafirma.

Sobre as mensagens, Jutahy diz que foram escritas tanto para Leo Pinheiro quanto para Mata Pires em forma de agradecimento e fez questão de ressaltar que não haviam débitos e que tampouco pediria mais doações. “Perceba que não há códigos e mais nada na mensagem porque sou transparente”, disse.

Em ano de eleição sem financiamento privado de campanha, o tucano defendeu as doações privadas. “A corrupção que o PT praticou não tem nada a ver com o financiamento privado. Se não tivesse financiamento privado seria maior a corrupção. Eu acho que este ano vai ter muita gente fazendo mais corrupção”, completa.

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