Política

Receosos, santamarenses criticam gestão de Ricardo Machado: cidade está à toa

Publicado em 01/03/2016, às 06h49   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, a prefeitura está sem comando desde a última sexta-feira (26), quando o prefeito Ricardo Machado (PT) foi afastado pela Justiça apontando irregularidades na gestão. 
Nessa segunda-feira (29), a Câmara Municipal abriu solenidade para empossar o vice, conforme determinação da Justiça expedida no sábado (26), mas Leonardo Pacheco não apareceu e a cidade segue sem comando até que o Judiciário decida se o presidente da Câmara, Luciano Caldas, pode ocupar o Executivo. 
Enquanto isso, nas ruas de Santo Amaro, a população parece alheia aos movimentos do prefeito petista e da política local. Alguns ouvidos pela reportagem do Bocão News evitaram comentar a situação do município que possui 22 obras que deveriam ser concluídas em 2015, sendo que algumas se arrastam desde o primeiro mandato de Ricardo Machado. 
Para o pedagogo que se identificou como Daniel, a administração está "deixando a desejar". "Nada funciona, a cidade está um caos. Agora tem os casos de mais de obras atrasadas, além do caso da Polícia Federal que investiga fraudes na merenda escolar e no transporte".
Israel da Cruz, 82 anos, em sua passagem pela feira da cidade, sentenciou: "aqui vai de mal a pior". Questionado pela reportagem se ainda tinha esperança de ver melhora na política em outubro próximo, Israel recorreu à longa experiência de vida: "Já estou enjoado de tanta esperança morrendo".
Carlos Alberto de Almeida, 56 anos, até que tentou defender o histórico de Ricardo Machado, mas não manteve a linha. "Ele foi o prefeito que mais fez por essa cidade. Mas pisou na bola quando pegou em dinheiro", afirmou. 
A comerciante Ana Rita, moradora do povoado de Pitanga, não economizou nas críticas e relatou a situação enfrentada em sua comunidade. "Está tudo à toa. Não tem transporte, estrada em péssimo estado, a gente paga iluminação, mas não tem. Nnão temos saneamento, água encanada. Nada. Lá só temos água de cisterna", disse a moradora, lembrando que "entra prefeito e sai prefeito" e a situação continua igual na localidade que fica a 13 quilômetros da sede do município.
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Publicada originalmente às 13h do dia 29 de fevereiro

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