Política

Rui e Neto disputam por PDT e PTB; articulação deve provocar debandada

Publicado em 07/03/2016, às 20h22   Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)



O comentário nos bastidores políticos soteropolitanos é um só: o PDT volta para a base do governador Rui Costa (PT) e o PTB romperia laços com os petistas e abraçariam as articulações do prefeito ACM Neto (DEM). O caso é dito como certeza entre diversas lideranças do Legislativo soteropolitano. Para tanto, com esse cenário, que poderá ser definido até a quarta-feira desta semana, o corre-corre das arrumações de filiações dominarão a pauta de diversos políticos.

Ambos os caciques estariam de olho na formação da coligação majoritária e o tempo de propaganda eleitoral.

O PDT de Carlos Lupi - e que um dia foi do deputado Marcelo Nilo (PDT), hoje no PSL -  estaria de mãos dadas com o governo do estado e cortando de vez relações com Neto. Neste cenário poderia articular as eleições deste ano. Nisso, o PDT perderia dois recentes vereadores: Leandro Guerrilha (ex-PSL) e Kiki Bispo (ex-PTN). Ambos estariam, segundo fonte do Palácio Thomé de Souza, dispostos a ingressar e vitaminar um eventual partido aliado de Neto, que seria o PTB.  Os vereadores não comentam sobre o assunto.

Já o vereador pedetista Odiosvaldo Vigas é uma incógnita. Muito provável que se mantenha no partido.

Sobre o assunto, o deputado federal Félix Mendonça Jr (PDT) afirma que o tempo ainda é de espera. “Será uma semana esperando. Estamos ainda conversando com Neto”, afirmou.

Conforme já noticiado pelo Bocão News, a possibilidade de saída do deputado federal Antônio Brito e o vereador Edvaldo Brito do PTB para o PSD não é em vão. Ambos estariam buscando se viabilizar na base de Rui e Wagner, pois a proximidade dos petebistas com Neto é tida como certeza. O deputado federal Benito Gama é o padrinho desta relação neocarlista.

Os Brito ainda não confirmam a movimentação, mas fontes ligadas ao Bocão News cravam que existe a possibilidade de migração em 90%. Com o ninho do PTB livre, Neto ficaria solto para operar e receber debandadas de outros partidos que poderão se desgarrar.

Sobre a ida dos Brito para o PSD, o senador Otto Alencar (PSD) afirma que não tratará de mudança partidária de quem quer que seja antes que os quadros deixem a legenda na qual estão filiados. Argumenta que não é este o modus operandi que acredita. Mesmo negando,  afirma que Edvaldo e Antônio Brito são atores políticos importantes e bons. Lembrou que foi candidato a vice prefeito de Salvador em 1985 na chapa encabeçada por Edvaldo Brito, perderam para Mario Kertéz, mas desde então nutrem uma amizade e uma relação de respeito.

Os próprios Brito ainda não bateram o martelo e não confirmam a debanda que passa também por lideranças do interior do estado.

Colaborou: Luiz Fernando Lima e Juliana Nobre 

Classificação Indicativa: Livre

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