Opositor propõe que governo destine 10% de valor do empréstimo a obras paradas

Durante a votação do projeto de lei que autoriza o governo do estado a contrair empréstimos de quase R4 2,5 bilhões, o líder do DEM, deputado estadual Pablo Barrozo provocou o governo do estado durante discurso na noite desta terça-feira (22). Barrozo propôs que o líder do governo, Zé Neto (PT), se comprometa a incorporar no projeto a destinação de 10% do valor para as obras paradas na Bahia. O petista não concordou com a proposta.

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 “Vamos eleger 20 obras prioritárias no estado, das mais de 300 que o governo abandonou, desde a campanha do governador Rui Costa. Priorize uma obra dessas 20 e diga que 10% esse dinheiro do empréstimo vai ser destinado às obras. Você que é um interlocutor do governo, deputado Zé Neto, se comprometa a levar essa proposta ao governador e nós da oposição votaremos a favor”, desafiou Barrozo.

Neto não tomou para si a proposta e em contato com o Bocão News disse que “não tem como prometer nada agora, pois o projeto é só uma autorização, e no próprio projeto já tem que os recursos serão destinados a infraestrutura, saneamento, recuperação de estados, entre outras”. “Não preciso prometer nada agora”, sentenciou.  

Ano passado, a bancada da oposição fez uma agenda de visitas para fiscalizar as obras inacabadas do governo estadual. Vitória da Conquista e Ilhéus foram as primeiras. De acordo com a bancada de oposição são mais de 300 obras não foram finalizadas. A oposição reclama da falta de transparência dos projetos que estão na pauta de votação.

“Todos votaríamos a favor desse empréstimo se vossa excelência disser para aonde irá esse recurso. É obscuro essa forma de administrar, mas essa forma está falindo, as pessoas não querem mais essa falta de transparência”, criticou o líder demista.

No total, são três projetos. O PL 21.754/16 que visa autorizar a contratar, junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), 300 milhões de dólares. A proposição de nº 21.760/16 que visa tomar um empréstimo de 150 milhões de euros, junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o projeto 21.761/2016 que pretende tomar 200 milhões de dólares junto ao Banco Europeu.