Política

Na mira do MP, prefeito de Santo Amaro pode ser afastado com chuva de denúncias

Publicado em 20/01/2015, às 05h58   Caroline Gois (Twitter: @goiscarol)


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O prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado, está em maus lençóis. Isso porque, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-Ba) anda fiscalizando as ações do petista à frente do município do Recôncavo Baiano. No último dia 13, o órgão já havia notificado a prefeitura, por meio do promotor de Justiça João Paulo Santos Schoucair, por conta dos gastos excessivos na organização de festejos populares e eventos semelhantes e que respeite, em todas as contratações realizadas para esses eventos, a Lei de Licitações. Esta semana, a Prefeitura Municipal de Santo Amaro deverá apresentar à Promotoria de Justiça da comarca a cópia de todos os contratos assinados para a realização da “Festa da Purificação”. "A festa continua, mas estamos em cima realizando esta fiscalização", ressaltou o promotor durante entrevista concedida ao apresentador Zé Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (19).
João Paulo explicou ainda sobre a ação que pode levar ao afastamento do cargo do prefeito. "A ação contra ele é por contratação indevida de servidores. Houve um concurso em 2011 e até hoje se arrasta, sem nenhum dos aprovados terem sido chamados", relatou, informando o contraste dos gastos com festas e outras irregularidades com o reflexo para a população. "No final de 2014, quando a gente chegou no municípío, encontramos unidades de Saúde fechadas. Nesta quarta já estaremos visitando novamente estes locais para ver se reabriam", sinalizou.
No documento, o promotor de Justiça informa que, apesar do Município contar com mais de 700 aprovados em concurso público, o prefeito continua contratando servidores.Segundo João Paulo Shcoucair, em 2014, a Promotoria expediu recomendação ao Município, orientando que anulasse as contratações indevidas até o dia 31 de dezembro, prorrogasse o prazo de validade do concurso e promovesse a nomeação dos aprovados para prover os cargos vagos até o dia 30 de junho de 2015. Mas, mesmo com a proximidade do prazo de validade do concurso (abril de 2015), Ricardo Magalhães apenas apresentou, no último dia 12, cronograma para preenchimento das vagas oferecidas no certame (fevereiro a maio de 2015), informa o promotor de Justiça, que solicitou o afastamento do prefeito do cargo.
A reportagem tentou falar com o prefeito, mas o celular do gestor estava na caixa até o fechamento desta matéria.
Publicada no dia 19 de janeiro de 2015, ás 09h59

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