Servidores da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) dizem ter sido agredidos por um grupo de sindicalistas que fazia mobilização e tentava impedir o acesso ao órgão na manhã desta quinta (27).
“Nunca vi nada parecido, apanhei porque quis trabalhar, porque simplesmente quero sustentar meus filhos”, disse, indignada, uma das vítimas, que pediu para não ser identificada.
Uma mulher ficou com um hematoma após receber uma pancada no braço. Outro servidor, atingido no rosto, chegou a perder sangue. Muitos levaram socos nas costas ou foram xingados pelos sindicalistas.
“Um pequeno grupo não pode se opor à vontade da maioria”, diz Marcus Bulhões, presidente da empresa de economia mista, vinculada à Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.
Ele explica que a Cerb fará o possível para continuar garantindo o aceso dos trabalhadores. “Na quarta-feira, 157 entraram espontaneamente. Nesta quinta (27), mesmo com a violência dos grevistas, 52 trabalharam. No total, são 380 servidores.
Bulhões afirma que as pessoas agredidas não quiseram prestar queixa à Polícia com medo de retaliações dos sindicalistas. “A maioria dos funcionários da Cerb é formada por pessoas mais idosas. É muito triste presenciar eles sendo humilhados quando chegam, de manhã cedo”, diz.
