Política

Oposição vai ao MP e TCM para pedir investigação dos contratos de Paupério

Publicado em 14/09/2015, às 16h01   Victor Pinto (Twitter: @victordojornal)


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Em reunião na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (14), os vereadores de oposição definiram enviar ofício ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) solicitando que os contratos firmados pelo secretário de Gestão, Alexandre Paupério, sejam auditados.

O titular da pasta é alvo de denúncias do MP por desvio de R$ 40 milhões em contratos firmados na secretaria de Educação, na gestão do deputado federal João Carlos Bacelar (PTN).

Além de pedirem o afastamento do quadro, a oposição promete ir fundo na questão, fato confirmado pelo vice-líder do bloco oposicionista, Everaldo Augusto (PCdoB). "Queremos que todos os contratos dessa administração sejam investigados rigorosamente para que não paire nenhuma dúvida sobre as probidades deles. Paupério é um super secretário, pois faz parte do núcleo do prefeito. Se ele está envolvido em denúncias de contratos, então nos leva ter dúvida sobre a lisura de que ele possa ter feito ou não quando ele foi secretário.

A informação foi reverberada pelos vereadores Silvio Humberto (PSB) e Arnando Lessa (PT) e pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB) durante participação do programa Em Pauta na TV Câmara. Também participaram da reunião, a líder do PT, Vânia Galvão, e seu colega de partido, o também parlamentar municipal Gilmar Santiago (PT).

"A nossa posição é de que Paupério deveria já ter sido afastado. Estranhamos que o prefeito ACM Neto não tenha feito isso ainda", disse a comunista.

Para Lessa, Paupério omitiu as pendências. "Um cargo de confiança lhe fora dado e ele não teve a coragem de apresentar o prefeito que está se envolvendo com isso? Ele omitiu isso? E depois que ele foi secretário, ele já foi ouvido pelo Ministério Público? São situações que precisam de uma explicação melhor", indagou o petista.

SEM SESSÃO – Na tarde desta segunda-feira (14) era esperada a primeira sessão da Câmara após o estouro do escândalo. Porém, não houve quórum suficiente para abrir a reunião. O fato incomodou Aladilce. “Hoje era o dia para debatermos esse assunto. Pois os vereadores têm o dever de fiscalizar e debater esse caso”, afirmou.

CRÍTICAS - "Isso é a ponta de um iceberg". Crítico feroz do secretário de Gestão, o vereador oposicionista, Hilton Coelho (PSOL) defendeu o afastamento do titular da pasta para "colocar algum tipo de respeito na administração pública", disse.

"Esse assunto é um mega escândalo com 17 contratos relacionados num festival de irregularidades. Crimes de improbidade em que o próprio secretário está no centro das denúncias”, criticou. 

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