Política

Iminência de saída deixa Paupério descontrolado

Publicado em 30/09/2015, às 10h37   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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O ainda secretário de Gestão da prefeitura de Salvador, Alexandre Paupério, está com as horas contadas. A informação da sua saída rondou os corredores do Palácio Tomé de Sousa durante toda esta terça-feira (29). Contudo, Paupério anda descontrolado com as notícias que reforçam a segunda queda no governo do prefeito ACM Neto. A primeira foi o ex-secretário da Educação, João Carlos Bacerlar, por irregularidades em contratos com a ONG Pierre Bourdieu. Em conversa com o Bocão News, na noite de hoje, o secretário se irritou quando questionado sobre a confirmação da sua exoneração.

“Não confirmo, nem desconfirmo. Mas escrevam o que quiserem. Não vou mais falar sobre isso”, respondeu indelicadamente.

No entanto, vereadores governistas, que não quiseram se identificar, confirmaram a saída do secretário para ainda esta noite. Em entrevista ao programa Se Liga Bocão, o edil oposicionista, Gilmar Santiago (PT), reforçou a queda. “É uma questão de tempo. A essa altura, o prefeito já rifou o secretário. Não se encontra nenhum vereador da bancada governista que saia em defesa dele [Alexandre Paupério]. O prefeito está engessado”, assegura.

O gestor soteropolitano ainda espera que seu secretário peça para sair. Nomes para substituir Paupério já começam a ser ventilados. O prefeito pode escolher um gestor da secretaria de Saúde ou da Casa Civil.

Acusações

O secretário de Gestão, Alexandre Paupério é acusado de participar de um esquema de corrupção que desviou quase R$ 40 milhões da Educação de Salvador, ainda na gestão do prefeito João Henrique. Paupério era dono de três empresas que tinham convênios com o município, além de ser representante da Fundação Escola de Administração. Foram firmados 17 contratos entre as empresas de Paupério [Brian Inovações, Consultoria e Assessoria Ltda., Digital Instituto de Tecnologia Ltda. e Glia Comunicação, Design e Criatividade Ltda] e o município totalizando R$ 18 milhões. As empresas foram contratadas para orientar pais de alunos sobre matriculas nas escolas. Outras denúncias foram surgindo, após investigação do Ministério Público da Bahia.

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Publicada originalmente às 21h do dia 29 de setembro

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