Política

PDT tem novo racha e Severiano Alves diz que partido na Bahia não tem comando

Publicado em 14/07/2016, às 08h58   Aparecido Silva


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O PDT na Bahia vive internamente mais um período de turbulência. Depois da contenda entre o deputado estadual Marcelo Nilo, hoje no PSL, e o presidente da legenda Félix Mendonça Júnior, mais um racha começa a despontar na sigla trabalhista. Conforme informações da coluna Satélite, do jornal Correio, em um encontro do partido no início desta semana, o ex-deputado Severiano Alves cobrou a renúncia de Félix Jr. da presidência, rolou bate-boca e os ânimos só foram contidos após intervenção do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que estava presente no ato.

Em entrevista ao Bocão News, Alves reforçou as críticas, a começar, segundo ele, pelo fato de o partido só se reunir quando Lupi está na capital baiana. "Estamos com uma agenda temática para ser discutida no momento, basicamente sem funcionamento. A gente não está discutindo as questões internas, a nossa candidatura, a gente não está viabilizando as candidaturas no interior do estado. As ações do partido estão praticamente paradas. O presidente faz como ele acha e não ouve e não discute nada com ninguém. Não estou discutindo substituição, mas para ser presidente do PDT, que é um partido democrático, tem que ter democracia nas ações tomadas", reclamou o ex-presidente do partido no estado, durante conversa com a reportagem. 
Segundo Severiano Alves, com o modo de gestão da atual presidência, o partido "fica à toa". "Não tem comando. Se não tem comando, não tem discussão, não tem diálogo, debate, vira uma ditadura", avaliou o pedetista. Segundo o ex-parlamentar, a executiva nacional prometeu fazer nova eleição direta para diretório logo após as eleições municipais, substituindo assim a comissão provisória no estado. 
Apesar do desabafo do correligionário, o deputado federal Félix Mendonça Júnior, comandante do PDT na Bahia, ameniza as críticas. Segundo o congressista, o protesto de Severiano Alves "não chega a ser uma resistência" a sua gestão. "Para mim, não fede, nem cheira", sintetizou o dirigente. 
Ainda de acordo com o deputado, o partido tem articulado candidaturas no interior baiano e a expectativa é que sejam lançadas até 80 nomes em disputa por prefeituras. No cálculo do presidente do PDT, será possível eleger entre 25 e 35 gestores neste pleito municipal, em contraposição com os 40 eleitos em 2012. A meta abaixo do registrado na última eleição se deve ao número de prefeitos que deixaram o PDT com a saída do deputado Marcelo Nilo.

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