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Honorato se recusa a julgar contas de Marcelo Nilo

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Conselheiro do TCE alegou razões de foro íntimo para se declara impedido  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/06/2011, às 17h14   Luiz Fernando Lima


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As contas da Assembleia Legislativa referentes ao ano de 2008 voltaram à pauta do Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta terça-feira (28), e mais uma vez, o julgamento será adiado por tempo indeterminado. Em uma decisão que não trouxe surpresas o conselheiro Antônio Honorato se declarou impedido para cumprir com as suas atribuições. As razões, segundo Honorato, são de foro íntimo.

O conselheiro França Teixeira chegou a solicitar que o colega revelasse os motivos, mas não foi atendido. Honorato se apegou à prerrogativa regimental do tribunal e se declarou impedido e ponto.  Agora, cabe à presidente do TCE, Ridalva Figueiredo realizar novo sorteio para saber quem será o responsável pela análise e julgamento das contas do Legislativo.

A recusa de Honorato, a despeito da legalidade, coloca ainda mais em evidência a séries de especulações que circundam as contas do presidente Marcelo Nilo (PDT). Nos bastidores comenta-se que o conselheiro tem boa relação com Nilo desde os tempos em que os dois eram parlamentares. O atual conselheiro foi deputado estadual durante quase 20 anos, de 1983 a 2000, quando renunciou para assumir o cargo no tribunal. O conselheiro é pai do deputado estadual, recém eleito, Adolfo Vianna (PSDB). Sigla antigamente representada pelo próprio presidente Marcelo Nilo.

Outras correntes defendem que a relação de Honorato com o atual governador é de proximidade e de que diante da possibilidade de ter rejeitar as contas de um dos principais aliados de Jaques Wagner ou assumir a responsabilidade por um julgamento que pode ser considerado falho optou por declinar.

Fato é: as contas do Legislativo relativas a 2008 não serão julgadas por Honorato. Além disso, o TCE ainda não apresentou nenhuma novidade quanto às contas de 2007, que por coincidência, também devem ser julgadas pelo mesmo conselheiro.

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