Política
Publicado em 24/11/2016, às 23h50 Eliezer Santos
Além da disputa por apoios de vereadores da ala governista, os candidatos à presidência da Câmara Municipal de Salvador, Paulo Câmara (PSDB) e Léo Prates (DEM) – ambos da base do prefeito ACM Neto (DEM) – duelam nos bastidores pela adesão da bancada de oposição.
Segundo o vereador Kiki Bispo (PDT), que declarou apoio a Prates na manhã desta quinta-feira (24), o demista está perto de arrebanhar o grupo. “Estamos perto de trazer a bancada da oposição unificada para Léo Prates. Temos a maioria dentro da oposição”. Em debate no programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, com o vereador Gilmar Santiago (PT), Kiki sugeriu que Paulo Câmara pode recuar do pleito se Léo Prates concretizar a adesão oposicionista. “As coisas estão convergindo para uma chapa única”.
Gilmar contestou a tese e pontuou que a familiaridade entre Léo Prates e o prefeito ACM Neto pode aumentar a resistência da oposição. “A marca de Léo Prates é que é alguém da cozinha do prefeito ACM Neto. É uma candidatura do prefeito, por mais que ele negue. A oposição não poderia apoiar um candidato puro sangue”.
Mesmo fora do pleito, por não ter sido reeleito, o petista disse que, historicamente, a eleição é resolvida nos últimos momentos, sobretudo por ter voto secreto. “A eleição se decide na véspera. Do dia 31 para o dia 1º tudo pode acontecer”.
Segundo Kiki, porém, na próxima semana Léo Prates deve aumentar de 13 para 20 o número de vereadores aliados.
Caso La Vue – Geddel
Durante o debate os vereadores também comentaram a conduta do ministro Geddel Vieira Lima no caso do empreendimento de luxo La Vue. Para Kiki, a intervenção de Geddel junto ao ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, foi mal interpretada. “Não vi nada demais nas ponderações feitas pelo ministro”.
Gilmar, por sua vez, rebateu e lembrou as denúncias que levou à Câmara desde o ano passado sobre irregularidades na construção do La Vue. “Fui derrotado duas vezes na comissão de Planejamento. Com muito esforço conseguimos fazer uma audiência pública. Há uma fraude, o laudo do Iphan-Bahia é fraudulento e a Sucom foi conivente”.
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