Política

Manifestação tem confronto com a polícia na frente do Congresso

Publicado em 29/11/2016, às 17h21   Folhapress



Um protesto contra o governo e contra projetos do presidente Michel Temer terminou em confusão no final da tarde desta terça-feira (29).
Após mais de 12 mil pessoas se reunirem em frente ao gramado do Congresso Nacional (segundo estimativa da Polícia Legislativa), alguns manifestantes viraram um carro da TV Record que estava estacionado na rampa de acesso e depredaram outros.
A Polícia Militar e a Polícia Legislativa, que faziam um cordão de isolamento, atiraram então bombas de efeito moral para dispersar o ato.
Com o grito de guerra "fora, Temer", o protesto reúne sindicatos, índios, organizações de esquerda e movimentos sociais.
Há faixas contra a proposta de congelamento de gastos federais, que deve ir a voto no Senado nesta terça, e contra a reforma do ensino médio, entre outros pontos.
Nesta terça, partidos de esquerda e líderes de entidades de esquerda se reuniram na Câmara e definiram a apresentação na próxima terça (6) de um novo pedido de impeachment contra Temer.
A acusação é a de que ele cometeu crime de responsabilidade no caso que resultou na saída de Geddel Vieira Lima do governo. Geddel levou para dentro do Palácio do Planalto uma pendência imobiliária em que ele e familiares têm interesse.
'TRUCULÊNCIA'
A maioria dos manifestantes é de estudantes, professores, sindicalistas, sem-teto e aposentados, que viajaram de vários Estados.

Rita Kloster, 62, do sindicato dos servidores municipais de Curitiba, chegou a Brasília pela manhã e criticou a "truculência" da Polícia Militar para dispersar os manifestantes.
"Eles avançaram de tal maneira covarde... Quando nós começamos a gritar 'sem violência', parece que a polícia reagiu mais", disse, enquanto se escondia das bombas no jardim do Ministério da Fazenda.
Perto dali, um ponto de ônibus com estrutura de vidro ficou estilhaçado.
O cheiro de gás de pimenta usado pelas forças de segurança podia ser sentido em toda a extensão da Esplanada dos Ministérios.
"O movimento estava lindo. O que a gente percebeu de longe é que um grupo de jovens virou um carro, e a polícia veio jogando bomba no pessoal todo, em idosos, crianças", disse Ester Duarte, 54.
Ela é professora da rede municipal de Goiânia e protestava contra o eventual congelamento dos recursos para a Educação caso a PEC do teto seja aprovada no Senado.
IMPEACHMENT
Nesta terça, partidos de esquerda e líderes de entidades de esquerda se reuniram na Câmara e definiram a apresentação na próxima terça (6) de um novo pedido de impeachment contra Temer.
A acusação é a de que ele cometeu crime de responsabilidade no caso que resultou na saída de Geddel Vieira Lima do governo. Geddel levou para dentro do Palácio do Planalto uma pendência imobiliária em que ele e familiares têm interesse.

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