Política
Publicado em 03/03/2017, às 17h06 Victor Pinto
“O governo comeu mosca”. Essa é a frase mais comum ouvida por este Bocão News ao conversar com uma série de vereadores a respeito do projeto de lei, que tramita na Câmara de Salvador, que visa revogar a cessão de uso do Cinema Glauber Rocha, na Praça Castro Alves, em Salvador. Atualmente o prédio pertence a Bahiatursa e segue o rumo para voltar para o Executivo soteropolitano.
A expectativa do governador Rui Costa (PT) é o de adiamento da votação, mais uma vez. A proposição chegou à CMS em fevereiro do ano passado e já passou por três protelações quando estava prestes a ser votado. Motivo? Atenção zero do governo a proposta.
Pelo apurado, a própria bancada da oposição, vinculada a Rui, teve sérias dificuldades de dialogar com o Palácio de Ondina sobre o assunto. Não obteve a boa vontade das pastas competentes para esmiunçar documentos que venham a embasar posicionamentos contrários frente uma votação que beneficia o rival ACM Neto (DEM).
A bancada da situação, pelo visto, não aguenta esperar e quer colocar em votação no Plenário a proposição. Contudo, existe uma nova articulação para um novo adiamento, após declarações de Rui. O governador, inclusive, chegou a ameaçar judicializar o caso.
“O governo do Estado não vai abrir mão do seu patrimônio. A não ser que tenha uma ampla negociação. Eu não fui consultado, informando sobre isso. Sequer recebi mais ligação de ninguém. Soube sobre os vereadores que o projeto tinha chegado lá", disse o petista na quinta-feira (23/02), durante visita as obras da linha 2 do metrô.
Em entrevista, o vice-líder do governo, vereador Duda Sanches (DEM), informou que na próxima reunião do colégio de líderes, na segunda-feira (6), o assunto será definido. “Ainda não temos uma posição fechada sobre o adiamento ou não, pois vamos levar o assunto para o colégio de líderes”, disse.
O tema, porém, conforme o presidente da Câmara, Léo Prates (DEM), será debatido na Super Terça da próxima semana. No ato, edis contrários e favoráveis debaterão no Plenário Cosme de Farias.
A PROPOSIÇÃO - O Projeto de Lei nº 61/16 revoga a Lei nº 2.459, de 30 de janeiro de 1973. A legislação autoriza o Município a subscrever, mediante a incorporação e transferência de bens da Superintendência de Turismo da Cidade do Salvador (Sutursa), ações decorrentes do aumento de capital da Hotéis de Turismo do Estado da Bahia (Bahiatursa S.A.). Pelo datado, o prédio foi cedido pelo então prefeito Cleriston Andrade ao então governo da Bahia, Antônio Carlos Magalhães (ACM), e de lá pra cá ficou sob a égide do Executivo baiano.
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