Política

Por falta de quórum, instalação da CPI do Centro de Convenções é adiada

Publicado em 11/04/2017, às 16h54   Tamirys Machado


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A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Centro de Convenções foi adiada por falta de quórum. Prevista para esta terça-feira (11), como havia anunciado na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Angelo Coronel, a Comissão só deve ser instalada na próxima terça-feira (18). A data, porém, não é certeza, já que o próprio líder do governo afirmou ao site que não foi “batido o martelo”. 
Enquanto o governo não diz datas, a oposição tem pressa. A “briga” no entanto, não é só para agilizar a data de início dos trabalhos que vai apurar as possíveis irregularidades envoltas no Centro de Convenções, que permanece fechado, após o desabamento parcial no ano passado. A presidência e relatoria também vão ser motivos de impasse entre os membros do governo e da oposição na Casa. 
Para o líder do governo na AL-BA, Zé Neto (PT), “há uma tentativa da oposição de querer fazer as coisas no grito. A CPI só poderia ser instalada hoje por um acordo de lideranças não houve. E durante o horário regimental ai que não pode mesmo”, justificou. 
Já Adolfo Viana (PSDB), membro da oposição na Comissão, disse que “os deputados do governo correram da instalação da CPI”. “Está claro que estão entrando em um processo de abafar para destruir a CPI. Lamentável a postura. Agora estão falando em utilizar a maioria absoluta para ter a relatoria e presidência [...] é praxe na Casa a oposição ficar com a presidência ou relatoria. Se insistirem nisso vamos tomar medidas judiciais”.  
O líder da oposição, deputado Leur Lomanto Jr. (PMDB) criticou a falta de quórum e falou em boicote. “Em uma atitude de desrespeito, o governo do PT tenta boicotar a CPI do Centro de Convenções. Diante disso, entendemos que a gestão petista quer fugir dos questionamentos, relacionados a situação do Centro”, criticou. 
Cotado para assumir a presidência, o parlamentar da base governista, Paulo Rangel (PT) afirmou que foi feito um acordo para adiar. “Foi algo combinado porque alguns deputados tiveram que viajar, queremos instalar com o máximo [de deputados]”. “O presidente é quem escolhe o relator. Nunca aconteceu de ser um membro da oposição, a CPI da Ebal por exemplo, o relator e o presidente foram do governo. Possivelmente serei eu o presidente ai vou escolher um nome para relatoria. Ainda não tenho o nome, mas será do governo”, enfatizou, completando ainda que “os trabalhos já devem começar na próxima quarta (19)”. 
Adolfo Viana rebateu: “acordo unilateral, deles com eles mesmos. Fizeram uma manobra e não se fizeram presente as 15h que estava marcada para instalar a CPI. Os deputados do governo correram da instalação”, bradou.  
Zé Neto (PT) justificou que “os artigos 67 e 68 do regimento interno são claros e diz que quem vai eleger o presidente é a maioria dos membros. Quem vai escolher o relator é o plenário da comissão. A oposição quer instalar uma comissão com minoria, quer relatoria e presidência com minoria. Não se ganha no grito, aqui é na democracia”. Sobre o início dos trabalhos, ele não confirmou que começariam na próxima semana. “Vamos ver com calma, na segunda-feira (17) e decidir”. 
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