Política

"Foi uma violência inominável", afirma Marcelo Nilo sobre operação da PF

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Nilo negou que seja dono da Bapesp  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 13/09/2017, às 15h22   Luiz Fernando Lima e Shizue Miyazono


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O deputado estadual Marclo Nilo (PSL) falou sobre a operação Opinião, deflagrada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e a Polícia Federal, e negou as acusações. Durante sessão desta quarta-feira (13) da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), ele afirmou que "foi uma violência inominável contra um parlamentar de 28 anos de vida pública".

Em sua fala, ele contou que se surpreendeu com a presença da PF e do MPE com um mandado de busca e apreensão em sua residência. Nilo negou que seja dono da Bapesp.

"A Bapesp não é minha propriedade, nunca foi de minha propriedade, portanto, eu não sou dono da Bapesp, eu fui cliente muitas vezes deste instituto", afirmou.

Operação

O Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal deflagraram a Operação Opinião, em Salvador. Sete mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), com base em representação formulada pela Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE-BA), em procedimento que investiga o crime de falsidade eleitoral, previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, envolvendo a empresa Bahia Pesquisa e Estatística LTDA (Babesp).

Segundo o MPE, os fatos são objeto de investigações em andamento tanto no órgão quanto na Polícia Federal, que buscam apurar se o deputado prestou informação falsa à Justiça Eleitoral, havendo indícios de que ele seria o controlador de fato da Babesp e que utilizaria a referida pessoa jurídica para contabilização fraudulenta de recursos utilizados de maneira ilegal em campanhas politicas, o que se costuma chamar de “caixa 2”. Além disso, há suspeita de possível manipulação do resultado das pesquisas eleitorais divulgadas por aquela empresa.

De acordo com o MPE, além de cumprir mandados na casa de Nilo, no Villaggio Panamby, no Horto Florestal, e também em seu gabinete na AL-BA, os policiais também estiveram na casa da irmã do deputado, no bairro da Federação; na residência do genro do parlamentar, Marcelo Dantas Veiga; do sócio da Babesp; Roberto Pereira Matos, e na sede da empresa Leiaute Comunicação. A polícia também esteve na sede da Secretaria da Fazenda do Estado e na Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), onde trabalha o genro do parlamentar. A operação visa apreender documentos, papéis, registros e dados arquivados em equipamentos de informática que possam contribuir com as investigações.

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação do Governo informou que por volta das 6h10, a Polícia Federal chegou à Sefaz-Ba para cumprir mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Eleitoral, tendo como alvo um técnico administrativo do quadro efetivo da secretaria. 

Ainda segundo a secretaria, o servidor é lotado na área administrativa e não exerce nenhum cargo de confiança, direção ou assessoramento na Secretaria. A orientação da Sefaz-Ba é a de colaborar com as investigações, acompanhar os seus desdobramentos e, caso necessário, tomar as providências cabíveis.

A secretaria estadual informou também que “a Embasa não é objeto ou alvo da operação em questão e que a empresa está à disposição para prestar informações de natureza funcional sobre qualquer de seus colaboradores”.

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