Política

Zé Neto minimiza desgaste com pacote econômico e diz que é "um chá amargo" para evitar "quimioterapia"

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Projetos devem ser enviados à AL-BA na próxima semana  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes/BNews

Publicado em 23/11/2018, às 11h49   Aparecido Silva e Bruno Luiz


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O pacote econômico a ser enviado pelo Executivo à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na próxima semana deve estremecer a relação entre o governador Rui Costa (PT) e o funcionalismo público. O governo pretende reduzir custos e fará reestruturação na administração pública. Entre as propostas, estarão o aumento da alíquota de contribuição previdenciária de 12% para 14% e a extinção ou privatização de empresas públicas.

Para o deputado Zé Neto (PT), líder do governo na AL-BA, a gestão não tem outra opção e chama o pacote de "chá amargo" para evitar a "quimioterapia". "Nós não temos outra opção. Não se trata de vontade política em fazer esse ou aquele movimento. Você tem um caminho e vai em busca deste caminho. Não existe outro caminho. Nós não estamos fazendo porque achamos bonito. Os bons sinais apresentados na economia baiana não serão suficientes para cobrir o que estamos vivendo em quatro anos com o aumento de mais de 100% na previdência", aponta o petista.

O petista também ressalta que o déficit no setor era de R$ 2 bilhões quando Rui Costa assumiu a gestão, mas agora chegou a R$ 4 bilhões. "Onde é que a gente vai arranjar esse recurso? Ele é contabilizado na conta de pessoal", ressalta.

O parlamentar também afirma que o grupo está preparado para o possível desgaste político que enfrentará. "O governador está com o pé no chão. Politicamente, nós sabemos de todas as dificuldades que teremos que passar. Agora, também sabemos que há dificuldade política quando você não paga salários, quando atrasa 13º, é quando não está com as contas em dias, quando cai o nível de investimentos, isso é muito pior".

"Temos que fazer o possível para fazermos o dever de casa, fazer um esforço para que haja redução de custos, de diárias, redução de horas extras no que for possível. Teremos também que atacar algumas coisas relacionadas a empresas que infelizmente não vão continuar porque não vai ter como mantê-las", reiterou Zé Neto.

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