Política

Com crescimento de bancada, PP aumenta “poder de barganha” nas principais comissões na AL-BA

Vagner Souza/BNews
O fato, pode levar a uma nova queda de braço entre aliados pelas comissões de Constituição e Justiça e Finanças, as principais da Casa   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 08/01/2019, às 10h24   Fernanda Chagas


FacebookTwitterWhatsApp

O PP na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) já comemora a condição de maior ou segunda maior bancada no Parlamento com as novas adesões por conta da cláusula de barreira – elegeu sete e tende a atrair três ou quatro novos quadros. Atualmente, a maior bancada na Corte das leis está nas mãos do PT com 10 parlamentares eleitos, seguido pelo PSD com 9. 

Nesse contexto, a legenda, comandada pelo vice-governador João Leão, já sinaliza para a ampliação da participação nas principais comissões, alegando o critério da proporcionalidade, conforme manda o regimento. O fato pode levar a uma nova queda de braço entre aliados pelas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Finanças, as principais da Casa.

A CCJ, por exemplo, já é dada como certa para permanecer sob o comando do PT e, conforme especulado, já teria substituto para Rosemberg Pinto: o deputado Zé Raimundo. 

“Com a simpatia declarada ao PP de três deputados [Júnior Muniz, Jurandy Oliveira e Dal] que virão de partidos que não atingiram à cláusula de barreira, o nosso partido elevaria a bancada para 10 deputados e caminha para o status de maior ou segunda maior bancada e, com isso, é natural ter participação maior nas comissões, conforme consta no regimento”, admitiu o líder do PP na AL-BA, deputado Robinho, em conversa com o BNews

O parlamentar, entretanto, não negou que se trata de uma regra que pode ser flexibilizada, como abrir mão de um colegiado em troca de outro. “Mas o normal é que o partido maior tenha um número maior de comissões, mais força, maior poder de barganha”, reforçou. 

Questionado sobre os espaços e nomes para ocupá-los, o líder afirmou que o recesso parlamentar teria dispersado as negociações, que serão retomadas no final do mês.

Ele ponderou, no entanto, que no âmbito do PP é de conhecimento de todos que Eduardo Salles (PP) é um “apaixonado” pelo setor de agricultura. “Eu pelo territorial, por sonhar com a questão da emancipação. Ou seja, cada um deve buscar os espaços que os aproximam dos interesses das suas bases eleitorais e, levando isso em conta, podem haver acordos”, afirmou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp