Política

Argumentos usados pela defesa de Flávio Bolsonaro irritam técnicos do Coaf e integrantes do MP

Tânia Rego/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Tânia Rego/Agência Brasil

Publicado em 19/01/2019, às 08h34   Redação BNews


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Os argumentos usados pela defesa do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) para travar a investigação sobre a conta suspeita de Fabrício Queiroz irritaram técnicos do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e integrantes do Ministério Público. 

Internamente, procuradores e promotores repudiaram o ataque ao trabalho dos colegas do Rio de Janeiro. No Coaf, hoje sob a guarda do ministro Sergio Moro (Justiça), houve protesto à alegação de que dados foram repassados de forma ilegal. A estratégia do filho do presidente acionou o espírito de corpo dos órgãos, segundo a coluna Painel da Folha de São Paulo.

Membros do Ministério Público e do Coaf rebateram a alegação de que o conselho não poderia ter repassado informações aos promotores sem ordem judicial. Procuradores dizem que a lei que trata do crime de lavagem de dinheiro exige que instituições financeiras informem movimentação atípica ao Coaf e que o órgão, por sua vez, relate os casos ao Ministério Público. 

Porém, a avaliação é que ao optar por atacar os investigadores, Flávio acabou cometendo novo erro estratégico. Os defensores do clã Bolsonaro no Ministério Público se calaram nas redes internas. Os críticos entoaram um sonoro “eu avisei”.

Após a revelação no Jornal Nacional de que o filho mais velho do presidente recebeu quase 50 depósitos em dinheiro vivo em um mês, imperou o silêncio no grupo de WhatsApp do PSL. Deputados da sigla perceberam uma guinada nas redes sociais. Nos últimos dias, houve aumento da cobrança sobre a investigação.

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