Hasselmann pede armistício entre olavistas e militares e defende filósofo: “Doce e pacificador”  

A líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), saiu em defesa nesta segunda-feira (18) do filósofo Olavo de Carvalho.

Considerado guru intelectual do governo Jair Bolsonaro, Olavo está no centro de uma disputa por espaços na gestão. Recentemente, expôs que há um cabo de guerra entre seguidores dele e militares no Ministério da Educação, ao orientar que seus alunos com cargos na pasta se demitissem. De acordo com ele, há “inimigos do presidente e do povo” nos quadros do governo federal. 

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Esses inimigos seriam principalmente militares, que disputam com os olavistas a primazia de indicações para cargos na administração.

Conhecido pela verborragia, Olavo faz críticas constantes ao vice-presidente Hamilton Mourão, a quem chama de "inimigo do presidente e de seus eleitores" e de alguém que "não estava bem da cabeça".

Questionada se a disputa pode prejudicar o governo, Hasselmann preferiu não tomar partido e adotou a estratégia de acender uma vela para Deus e outra para o diabo. Disse ser “apaixonada” por olavistas e militares e defendeu que haja conversa com o filósofo para baixar a alta temperatura da disputa entre os dois grupos. 

“Eu estou nos dois times. Acho que a gente tem que promover uma conversa e apaziguar um pouquinho”, afirmou, durante evento no Senai Cimatec, em Salvador.

Ela ainda classificou Olavo como um “pacificador”, apesar de o filósofo não pestanejar em ligar a máquina de difamar reputações, não poupando nem aliados do governo. 

“O Olavo é muito doce, apesar de ser muito duro nos posicionamentos. Se houver uma conversa com o Olavo, uma sinalização em relação a ele, ele é um pacificador. Ele tem um coração enorme, me chama de “meu anjinho”. Acho que dá para a gente mexer com o coração do Olavo e deixar arrefecer um pouquinho”, defendeu.