Política
Publicado em 20/03/2019, às 16h08 Henrique Brinco e Tamirys Machado
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) questionou nesta quarta-feira (20) o formato de gerenciamento das Unidades de Pronta Atendimento (UPA) e Multicentros de saúde em Salvador, após a Operação Kepler, deflagrada hoje pela Polícia Federal. A Operação prevê desarticular o esquema criminoso de fraude à licitação, superfaturamento e desvio de recursos públicos, em empresas vinculadas à Secretaria Municipal da Saúde de Salvador.
“Hoje a gente se depara com essa operação que mostra que o que aconteceu com esse processo de terceirização são verdadeiros dutos de transferências de recursos públicos para grupo e empresas. É preciso que o prefeito esclareça. A secretária de Saúde é a pasta que tem o maior orçamento do município. É muito dinheiro envolvido porque a saúde [...] É muito triste, uma cidade pobre, e a gente vê o dinheiro da saúde sendo desviado para interesses privados, estamos diante de uma quadrilha na verdade e o prefeito precisa esclarecer”, cobrou a edil, que faz parte da bancada de oposição ao prefeito ACM Neto.
A edil lembrou ainda que em 2015 procurou o secretário de Saúde e o Ministério Público para questionar um contrato de licitação. “Em setembro de 2015 nós fizemos uma alerta sobre um contrato que havia sido fechado com a instituição que está denunciada nesse processo para gerenciamento de uma unidade de saúde do município, cujo valor do contrato não correspondia a dimensão do serviço, chamava atenção à desproporção. Na época o secretário [de saúde} José Antônio Rodrigues respondeu que estava tudo bem, dentro da legalidade. Nós solicitamos a cópia da licitação e nós por não temos qualificação para auditar, mandado para o Ministério Público. O MP encaminhou para esfera federal porque é verba do SUS (Sistema Único de Saúde)”, explicou Aladilce Souza.
Ainda segundo a vereadora, os concursados deveriam ser aproveitados nessas unidades. “O que a gente vê é que a área de atenção básica fica sempre “a mingua” enquanto os contratos vão os recursos da saúde. Outro elemento que nesse período nós questionamos muito que é em vez de fazer terceirização e que a prefeitura implantasse a UPA e Multicentros com o pessoal concursado. Ele [o prefeito] preferiu ir fazendo essas contratações de uma maneira muito pouco transparente. Sempre discordei porque acaba sendo forma de transferir recursos público para grupos”, complementou.
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