Política

Após assembleia nesta quinta-feira, professores da Uneb decretam estado de greve 

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Movimento não é isolado, e engloba Uneb, Uesb, Uesc e Uesf  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 21/03/2019, às 12h57   Rafael Albuquerque


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Professores das universidades estaduais da Bahia decretaram estado de greve na tarde desta quinta-feira (21). A assembleia ainda está acontecendo no teatro da Uneb, no Cabula, onde cerca de 200 professores debatem e atualizam a pauta de reinvidicações. A professora Lilian Marinho, diretora da Associação Sindical dos Docentes da Universidade do Estado da Bahia (ADUneb), falou ao BNews sobre alguns dos principais pontos de reivindicação da categoria: "já tem três anos (a pauta), estamos apenas atualizando. Nossa pauta tem a reposição da inflação no salário de 2015 a 2018, reajuste de 5,5% de 2015 a 2018, direitos trabalhistas. Além disso temos lista de quase 400 professores que não podem ascensão na carreira porque o governador Rui Costa não libera. Vários professores pedindo dedicação exclusiva, que é fundamental para universidade pública, porque ele passa a exercer ensino, pesquisa e extenção. Se nao faz isso, a carga horária fica praticamente só no ensino, e é justamente pesquisa e extensão que diferenciam a universidade de uma faculdade. Também pedimos a ampliação de vagas para docentes", disse ao BNews. 

Lilian Marinho também afirmou que o governo além de não dar aumento nem reposição resolveu diminuir o salário dos professores: "em dezembro o governador aumentou o desconto da previdência de 12% para 14%. Ou seja, não teve reposição nem aumento, mas teve diminuição". Questionada sobre os próximos passos, a professora salientou que estão "definindo o cronograma até a deflagração da greve, que não será isolada", disse se referindo ao movimento da Uneb, Uesb, Uesc e Uesf. Uma próxima assembleia ficou marcada para o dia 4 de abril, data em que deve ser deflagrada a greve caso o governo não abra rodadas de negociação e não atenda aos principais pedidos da categoria. Antes, "vai ter uma mexida. Não paralisação, mas terão atividades internas em todos os campus, vai ser um funcionamento, digamos, anormal". A diretora do ADUneb ressaltou que na próxima semana também haverá um movimento dos estudantes em defesa da universidade pública. 

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