Ao BNews, Feliciano justifica impeachment de Mourão: "Ele trai o presidente"

O deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP), vice-líder de governo no Congresso Nacional, conversou com o BNews logo após protocolar um pedido de impeachment contra Hamilton Mourão (PRTB) na Câmara dos Deputados. O parlamentar evangélico acredita que o vice-presidente está "traindo" o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

"Já protocolei. Crime de improbidade administrativa. O vice-presidente Hamilton Mourão não está qualificado para ocupar o cargo porque ele trai o presidente Bolsonaro. Ele desdiz tudo o que o presidente diz. Uma pessoa que age dessa forma não está qualificada para ser Presidente da República. Ele tem que somar e não dividir", justifica. "Eu protocolei. Agora está na Câmara. Cabe ao presidente da Câmara decidir se vai descartar, acatar ou engavetar".

ESPORTES

Acompanhe a transmissão gratuita de Botafogo x Bahia na BNews TV; saiba como

ESPORTES

Acompanhe a transmissão gratuita de Vitória x São Paulo na BNews TV; saiba como

Um dos argumentos sustentados no pedido é uma “curtida” da conta de Mourão no Twitter em uma publicação da jornalista Rachel Sheherazade, do SBT, em que ela detona a gestão de Bolsonaro. Segundo rumores dos bastidores, o pedido de impeachment teria sido uma orientação do escritor Olavo de Carvalho durante um encontro com Feliciano nos Estados Unidos.

No Twitter, o deputado chama o pedido de "tiro de alerta". "Ontem protocolei pedido de impeachment contra o vice-presidente Mourão. Foi um tiro de alerta!", escreveu Feliciano. "Dilma teve 19 pedidos antes do derradeiro. Espero que o General Mourão tenha postura leal com o presidente Jair Bolsonaro. Chega de conspiração, agora é hora de união!".

Para Feliciano, "Bolsonaro tem sido o melhor presidente que o Brasil já teve, porque é o único que após o período de campanha, cumpriu o que prometeu". "Não cometeu nenhum estelionato eleitoral até agora. Os primeiros 100 dias dele, comparados com os primeiros 100 dias dos outros presidentes, ele cumpriu até esse momento", afirmou.

Sobre a demora na aprovação da Reforma da Previdência, ele pondera: "Aqui é claro que nós iríamos enfrentar a oposição. que é ferrenha e sabe trabalhar. Temos hoje a metade do plenário com pessoas inexperientes. Até o pessoal se encaixar aqui dentro, tem um tempinho. Mas acredito que vamos aprovar a Previdência".