Política

Justiça peruana determina prisão preventiva do ex-presidente Kuczynski pelo caso Odebrecht

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Sob a lei peruana, suspeitos podem ser mantidos presos antes do julgamento por até três anos se os promotores mostrarem evidências de que provavelmente serão condenados  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 19/04/2019, às 20h22   Redação BNews


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Um tribunal peruano ordenou nesta sexta-feira (19) a detenção preventiva por 36 meses do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, que está em uma clínica para problemas cardíacos, no âmbito de uma investigação por suposta lavagem de dinheiro em um caso do escândalo da Odebrecht, informou o Poder Judiciário.

Sob a lei peruana, suspeitos podem ser mantidos presos antes do julgamento por até três anos se os promotores mostrarem evidências de que provavelmente serão condenados e que podem tentar fugir ou obstruir a investigação a menos que sejam detidos.

Pedro Pablo Kuczynski (PPK), que foi presidente durante dois anos, renunciou em março de 2018 e foi preso preliminarmente em março deste ano. Segundo o G1, ele é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro, e vídeos mostram uma suposta compra de votos de seus aliados em troca de obras.

Kuczynski, um ex-banqueiro de Wall Street de 80 anos que já deteve a cidadania norte-americana, nega ter cometido irregularidades. Ele não compareceu à audiência diante do juiz Jorge Chávez nesta sexta-feira porque estava recebendo tratamento para problemas cardíacos em uma clínica local.

Mas o ex-presidente diz ter cooperado totalmente com os investigadores, inclusive recusando-se a entrar com um recurso quando foi impedido de deixar o país pouco depois de renunciar, em março de 2018.

As denúncias envolvendo a Odebrecht no Peru investigam os quatro últimos ex-presidentes peruanos - todos sempre negaram as acusações. Além de Kuczynski e Alan Garcia - que cometeu suicídio quando seria preso, são acusados, também, Alejandro Toledo e Ollanta Humala. A Odebrecht é investigada no Peru por ter pagado propinas milionárias entre 2005 e 2014 para ganhar contratos de obras de infraestrutura e por ter financiado, de forma ilícita, campanhas eleitorais dos principais partidos políticos e candidatos à presidência.

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