Política

General Heleno diz que assistiu sabatina de Moro na CCJ "com tristeza"

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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional participou da edição desta sexta (21) do Jornal da Manhã, da Jovem Pan  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 21/06/2019, às 12h10   Redação BNews


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Durante entrevista ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira (21), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse que assistiu com tristeza a ida do ministro da Justiça Sergio Moro à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Moro foi ouvido pela Comissão na última quarta-feira (19).

Para o ministro de Bolsonaro, o interrogatório foi conduzido por “camaradas que são recordistas de processos”. “Isso deixa a gente muito triste e passa uma mensagem para os jovens que olham e pensam: o Sergio Moro é o réu e esse camarada são os exemplos que temos que seguir”, opinou. 

O site The Intercept tem publicado uma série de mensagens trocadas entre o ex-juiz, o procurador Deltan Dallagnol e membros do Ministério Público Federal (MPF) participantes da operação Lava Jato. Os diálogos revelam que o ministro de Bolsonaro instruía e opinava diretamente no trabalho desempenhado pela força tarefa da Lava Jato.

O general também se disse revoltado com a situação, e avaliou com “ridículo” o fato de Moro ser acusado de ter manipulado depoimentos e de ter orientado procuradores. O ministro avaliou ainda que Moro é um “verdadeiro herói nacional”, e que seu depoimento na CCJ mostrou que as mensagens não influenciaram “em nada na Operação Lava Jato”. “Pelo contrário, isso serviu para alinhar e evitar qualquer tipo de manipulação dos fatos que pudesse acontecer”, disse.  

Questionado a respeito do julgamento de recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) que pede a suspeição do então juiz federal na condução do processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o general disse que a reversão da condenação será um golpe na “moralização dos costumes” e “guerra contra a corrupção”.

“Se continuarmos a aceitar esse tipo de crime como natural e tivermos prorrogações protelações e embargos, nós vamos continuar a ser um país desprezado pelo resto do mundo, que nossos valores estão completamente contaminados”, concluiu.

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