Política

Após polêmica na LDO, Nilo diz que fez repasse de 150 milhões ao TCM porque AL-BA “estava folgada”

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Presidente da Casa, Nelson Leal, articula para reaver o montante ao orçamento do Legislativo em 2020   |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 21/06/2019, às 18h20   Eliezer Santos


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Para fechar o acordo que selou a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes de saírem para o recesso junino, os principais líderes da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) correram para reaver às contas da Casa um percentual que anos atrás foi passado ao TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) pelo ex-presidente Marcelo Nilo – hoje deputado federal pelo PSB.

A rubrica orçamentária de 0,6% corresponde hoje a R$ 150 milhões, conforme apurou o BNews nos bastidores da votação da última terça-feira (18). Na véspera, o presidente da Casa, Nelson Leal (PP), foi ao TCM verificar as condições de resgatar o montante.

Procurado pela reportagem, o ex-presidente Marcelo Nilo disse que a transação foi feita de forma legal e “no dia que a Assembleia quisesse suspender, suspenderia”.

“Eu emprestei...veja bem, a Assembleia como estava folgada, nós repassamos ao TCM. Agora eu não lembro o detalhe, mas houve isso mesmo. Eles nos pediram, nós estávamos com folga, aí nós passamos para eles [...] é uma coisa normal, natural porque na verdade o TCM é órgão auxiliar da Assembleia, então nós repassamos por isso. Não é nada incomum, não, é coisa normal”.

Na época, segundo Nilo, a presidência do TCM está nas mãos do conselheiro Francisco Netto.

O ex-presidente evitou comentar o arrocho nas contas dos seus sucessores Angelo Coronel (PSD) e Nelson Leal (PP), este último que assumiu a presidência no início do ano com pedido antecipado de suplementação.

“Aí eu não sei, aí é problema do...eu estou em Brasília, agora estou fora da Assembleia, coisa do meu passado”.

Com a recuperação do valor, Leal pode equacionar o caixa do Legislativo, que teve execução de R$ 700 milhões em 2018 e iniciou 2019 com R$ 625 milhões, conforme relatou o presidente. “Já entramos com déficit de 75 milhões de reais”, reclamou. 

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