Política

“Jamais indicaria meu filho como embaixador nos EUA”, diz Neto sobre Bolsonaro e Eduardo

Vagner Souza/ BNews
Prefeito disse que não faria o mesmo, caso fosse presidente da República  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 16/07/2019, às 12h28   Marcos Maia e Bruno Luiz


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O prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, mostrou-se contrário às intenções do presidente Jair Bolsonaro de indicar o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. 

Questionado sobre o assunto, o prefeito preferiu não dar uma resposta enfática, mas disse algo que, segundo ele, “traduz o meu pensamento”. “Se eu fosse o presidente da República, eu jamais indicaria meu filho para ser presidente nos Estados Unidos”, afirmou nesta terça-feira (16) em entrevista ao BNews, durante lançamento da 13ª edição da CowParade Brasil. 

A possível nomeação tem provocado polêmica e críticas, já que Eduardo não é visto como alguém com credenciais para o posto. Apesar disso, Bolsonaro disse nesta terça que, para ele, “está definido” que o filho será embaixador.

A indicação, no entanto, precisa passar pelo crivo do Senado. Com receio de ver Eduardo sendo rejeitado pela Casa, o presidente sondou senadores para saber como está a disposição deles em relação ao deputado.

Previdência no Senado
Neto também ratificou sua posição contra a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência. Vale lembrar que o Senado avalia colocar os dois entes, que ficaram fora do texto aprovado em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. 

“Cada estado e município tem sua característica, deve fazer sua própria reforma. Aqui em Salvador, nós já estamos estudando internamente, com a nossa equipe, os ajustes necessários à Previdência municipal de maneira a dar sustentabilidade a longo prazo”, disse o prefeito.

Ele voltou a fazer críticas ao governador Rui Costa por ter tido “posição oportunista” na tramitação do texto na Câmara. 

“Condeno o gestor público, que não tem coragem de assumir posição, como foi o próprio governador da Bahia, que ficou em uma posição oportunista, porque ele quer estar bem com todo mundo, jogar para plateia, mas governar não é isso”, atacou.

*Atualizada às 12:57.

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