Política

Toffoli investiga ‘ameaças gravíssimas’ na deep web contra ministros do Supremo

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Corte revelou o fato em entrevista com a jornalista Miriam Leitão  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 18/09/2019, às 10h54   Redação BNews


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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, afirmou nesta terça-feira (17) que o inquérito aberto para tratar de notícias falsas contra integrantes da Corte descobriu “ameaças gravíssimas” na deep web. A declaração foi dada à jornalista Miriam Leitão durante entrevista ao seu programa na GloboNews. 

De acordo com Toffoli, o assunto será encaminhado ao Ministério Público (MP) e que após o inquérito “os ataques diminuíram 80%”. 

O ministro completou um ano como presidente do STF e defendeu a necessidade de um diálogo entre os poderes, mas disse que “pacto não é acordo” e que o tribunal já enfrentou diversas decisões tomadas pelo atual governo como a da extinção dos conselhos. “O Supremo nunca vai deixar de atuar com independência e autonomia”, disse. 

Durante a entrevista, fez várias vezes uma defesa enfática da democracia e disse que não vê necessidade de uma CPI para investigar o Poder Judiciário, já que não há um fato determinado para a ação.

Questionado sobre a decisão tomada por suspender o compartilhamento de dados pelo Coaf, que beneficiou o senador Bolsonaro e provocou a suspensão de inúmeras investigações. Toffoli disse “que foi o relator da ação que declarou constitucional a lei do compartilhamento, mas que o Coaf estava extrapolando de sua competência e defendeu que o sigilo só seja levantado por ordem judicial”. 

Segundo ele, a decisão evitou que houvesse a nulidade do processo mais tarde.  

Sobre sua relação anterior com o ex-presidente Lula e seu sentimento ao vê-lo preso, Toffoli diz que, quando virou ministro, virou a página. E que “processos não têm capa”. Mas que Lula tem tido “todo o direito de defesa”.

Quanto à postura e declarações do presidente Jair Bolsonaro, Toffoli as considera “retórica” e disse que nunca viu Bolsonaro “atuar em ondas de ódio, pelo contrário”. 

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