Política

Presidente do PT-BA fala em perseguição, após PF apontar Wagner como suspeito em esquema de caixa 2

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"Nós temos confiança absoluta da idoneidade de Jaques Wagner"  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 20/09/2019, às 17h30   Pedro Vilas Boas


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O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, chamou de "perseguição política" a operação da Polícia Federal (PF) que, entre outros políticos de outros partidos, tem como alvo o senador petista Jaques Wagner, apontado como beneficiário em um esquema de caixa 2.

"Nós temos confiança absoluta da idoneidade de Jaques Wagner. É um esquema de perseguição política ao PT, a Wagner, pela liderança que ele exerce na política nordestina e nacional", afirmou, em entrevista ao BNews nesta sexta-feira (20).

À época que o crime teria ocorrido, Wagner ainda concluía seu mandato como governador do estado, para ser substituído pelo atual chefe do executivo estadual, Rui Costa (PT). Everaldo não era presidente do partido na ocasião. 

A operação

De acordo com reportagem da revista Época de quinta-feira (19), um ex-executivo do setor de contabilidade paralela da OAS, Adriano Santana Quadros de Andrade, delatou que o senador pela Bahia recebeu repasse de R$ 1 milhão em 2013, com recursos disponibilizados pela empresa Câmara & Vasconcelos, intermediado por Carlos Daltro (aliado de Wagner). O anexo foi enviado pelo Supremo Tribunal Federal para apuração na Justiça Federal da Bahia.

As investigações apontam que o esquema de lavagem de dinheiro do empresário João Carlos Lyra, alvo de operação da Polícia Federal deflagrada na quinta, funcionava como uma central de abastecimento de propina para políticos nordestinos, de acordo com investigações da PF e Procuradoria-Geral da República (PGR).

Apesar de Everaldo falar em perseguição contra o PT, o principal alvo deste início de operação foi o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado, e seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE). Ainda são suspeitos o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014 em um acidente de avião.

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