Política

Sob risco de intervenção, concessionária CSN diz que vai cumprir TAC

Paulo M. Azevedo / Arquivo BNews
No entanto, o prazo da primeira etapa do Termo de Ajustamento de Conduta é 30 de setembro  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo / Arquivo BNews

Publicado em 26/09/2019, às 19h33   Márcia Guimarães


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A Concessionária Salvador Norte (CSN) afirmou que irá cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Salvador, o Ministério Público do Estado e a Integra (associação que reúne as três concessionárias). 

Como divulgado pelo BNews, dos 250 veículos climatizados que deveriam estar circulando até 30 de setembro, 81 ainda não estão em serviço e 51 sequer foram adquiridos. A informação foi levantada pela Comissão Especial na Câmara de Vereadores que fiscaliza o contrato de concessão das empresas de ônibus.

De acordo com a Ascom Integra, dos 250 ônibus com ar-condicionado estabelecidos no acordo para este ano, “apenas 81 ainda não chegaram: 30 já estão comprados e os outros 51 estão em negociação”. A previsão de chegada dos veículos é até dezembro.

No entanto, o colegiado da Câmara apontou que o prazo final desta etapa do TAC se encerra na próxima segunda-feira (30), portanto a CSN teria que colocar em circulação os 30 veículos que já foram comprados e garantir os outros 51 ônibus novos nas ruas. “Estamos somente aguardando o sinal verde das montadoras para receber os veículos”, disse, em nota, o diretor executivo da empresa, Josimar Sol.

Para o cumprimento do TAC, a contrapartida exigida das empresas foi a renovação da frota com mil veículos equipados com ar-condicionado até 2022. Para 2019, foi estabelecida a cota de 250 ônibus.

A CSN, no entanto, não comentou a possibilidade de intervenção levantada pelo prefeito ACM Neto. “Temos um terceiro consórcio que está em situação financeira bastante difícil, a Concessionária Salvador Norte [...] nós estamos acompanhando toda a situação, fiz várias reuniões nos últimos 15 dias para avaliar quais são as hipóteses cabíveis e hoje eu considero a hipótese de intervenção nessa bacia caso essas empresas não tenham condição de cumprir suas obrigações com o município”, declarou Neto ao BNews, na quarta-feira (25).

Ainda de acordo com o diretor, nos primeiros quatro anos após a licitação, houve um forte desequilíbrio econômico no contrato de concessão. Dentre as dificuldades, uma delas foi a destruição de mais de 60 ônibus durante um incêndio, em janeiro de 2018, o que teria gerado prejuízo financeiro à CSN, que opera a bacia C com 115 linhas que rodam principalmente pela região da orla.

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