Política

Tentaram, mas não tiraram meu sapato Chanel, diz doleira presa na Lava Jato

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Após receber indulto e retirar tornozeleira, Nelma Kodama lança livro de memórias   |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 18/10/2019, às 06h10   Folhapress


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Primeira presa da Lava Jato, a doleira Nelma Kodama afirma que não vê conexão entre as transações que fez e a operação.

Dois meses após ser beneficiada por indulto e retirar a tornozeleira eletrônica que usa desde que deixou a prisão, em 2016, ela lança um volume de suas memórias, em que relata o período no Paraná e questiona os termos da sua delação.

"Tive o pior acordo de colaboração", diz ela em "A Imperatriz da Lava Jato" (Matrix), depoimento ao jornalista Bruno Chiarioni transformado em livro. Em entrevista à Folha, ela diz que teve "uma pena pior que um homicida" e compara sua dívida a uma pena perpétua.

Conhecida pelo episódio em que cantou a música "Amada Amante" na CPI da Petrobras ao se referir ao doleiro Alberto Youssef, com quem conviveu de 2000 a 2009, e pelos ensaios de fotos com tornozeleira, ela refuta o rótulo de "rainha do deboche".

Apesar das dívidas e de, segundo ela, sobreviver "da caridade dos amigos", comemora ter conseguido guardar as roupas que tanto gosta. "Continuo tendo meu sapato Chanel, minha bolsa Chanel, minhas coisas boas. Tentaram, mas não tiraram meu sapato Chanel", afirmou.

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