Política

“Absurdo”, diz Wagner após Neto não decretar emergência em Salvador por óleo nas praias

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Após cobrança do senador, Neto disse que não seria necessário decreto de emergência na cidade   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 19/10/2019, às 14h03   Victor Pinto e Bruno Luiz


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O senador Jaques Wagner (PT) chamou de “absurdo” a decisão do prefeito ACM Neto (DEM) de não decretar emergência em Salvador após o vazamento de óleo se espalhar pelas praias da cidade.

Em entrevista divulgada pela Rádio Senado na quinta-feira (17), o petista cobrou que Neto fizesse o decreto e ainda cutucou, questionando se o prefeito não tinha tomado a medida para ser “solidário à baixa eficiência da gestão federal”. O demista, por sua vez, afirmou na sexta (18) à imprensa que o estado de emergência ambiental não seria necessário na capital baiana.

“Pergunte ao povo o que ele acha. Se ele acha que isso não é uma emergência, eu não sei o que é emergência. A emergência é um gesto político do gestor mostrando que há uma situação de calamidade. Agora, se ele não acha que é emergência, ele não decreta, ele que é o prefeito. Eu acho um absurdo”, criticou, em entrevista ao BNews durante participação no Congresso Estadual do PT, que acontece neste sábado (19), na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (Ufba). 

O senador aproveitou para criticar a condução do governo Jair Bolsonaro no episódio do óleo nas praias do Nordeste. O presidente tem sido questionado pela atuação federal, considerada frágil, na tentativa de minimizar os impactos ambientais do poluente. 

“Eu não vejo ele sequer montando uma sala de situação. Aliás, eu sugeri isso, que a minha política como oposição não é de obstruir firme, é simplesmente construir. Agora, eu não estou vendo ele organizar um grupo que esteja centralizando essa questão. É óbvio que é uma questão difícil, mas tem que tomar atitude”, defendeu. 

“Reconhecimento”
Wagner minimizou, ainda, o fato de ter sido ovacionado pelos militantes presentes no congresso, que ainda entoaram gritos a favor de sua candidatura ao governo estadual em 2022. Na visão dele, a manifestação calorosa dos petistas não tem a ver com a sucessão de Rui Costa (PT). 

“Ali não era para 2022, era um reconhecimento e um carinho do povo pelo trabalho que a gente desenvolveu e o povo se orgulha da gente ter chegado a 13 anos de governo do PT. Não está em discussão ainda 2022. Eu fico sempre emocionado com essa gratidão do povo, mas eu continuo com minha bandeira de renovação dentro do PT”, afirmou. 

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