Política

Eduardo Bolsonaro ironiza valor do dólar na argentina e vira piada na internet

Agência Brasil
Deputado comparou o valor da moeda brasileira à argentina em tom de crítica a novo governo  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 28/10/2019, às 19h34   Yasmin Garrido


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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) usou o Twitter, nesta segunda-feira (28), para comparar a desvalorização das moedas brasileira e argentina em relação ao dólar americano. “"Para quem reclama que o dólar está R$ 4 aqui no Brasil, imagina na Argentina que está quase 60 pesos!", escreveu.

A publicação do filho do presidente, no entanto, virou piada. O deputado acertou na cotação, já que, por volta das 15h desta segunda, um dólar americano equivalia a 59,36 pesos argentinos ou a R$ 3,98. Mas, será mesmo que a moeda do país vizinho é quase 15 vezes mais fraca que a brasileira?

O que Eduardo Bolsonaro esqueceu de pesquisar é que o valor absoluto não quer dizer nada, já que o valor de uma moeda leva em consideração outros fatores, a exemplo da própria inflação. Isso significa que a quantidade de moeda que um dólar pode comprar não determina a força econômica de um país.

O que o deputado deve ter feito foi relacionar a queda da moeda argentina, que é notícia desde o início do ano, aliada à forte inflação que cai sobre o país, para escrever a publicação. E os internautas não perdoaram. Um bom exemplo para ilustrar o caso é o Chile, que  tem uma economia mais forte e estável do que a Argentina, e um dólar americano corresponde a 723 pesos chilenos.

Um dos internautas até brincou com a cotação da moeda chilena: ""E no Chile que tá 725 então?! Deve ser por isso que estão protestando", escreveu em resposta a Eduardo. Outro disse: ""Análise de poder de compra, impactos da inflação e câmbio de moedas estrangeiras não é o forte do parlamentar".

Logo após a comparação mal sucedida, o deputado publicou um texto em que demonstra nítida insatisfação com a vitória de Fernandéz nas eleições presidenciais da Argentina. Rival de Macri e representante da esquerda ao lado de Cristina Kirchner, o novo presidente foi eleito em primeiro turno com 48,1% dos votos.

"Na Argentina o novo presidente eleito visitou Lula e pede sua liberdade (...) de isso dar errado?", escreveu o deputado.

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